O Conselho Nacional Sírio (CNS) pediu à Liga Árabe para enviar seus observadores às “zonas de conflito”, como a cidade de Homs, onde ocorrem “bombardeios ininterruptos”, informou em um comunicado recebido no domingo, em Nicósia, este influente movimento opositor.
“Desde as primeiras horas desta manhã, o bairro de Baba Amr (em Homs) está sitiado e ameaçado de invasão por 4.000 soldados”, acrescentou o CNS.
“Isto se soma aos bombardeios ininterruptos de Homs, que vem ocorrendo há quatro dias”, continuou o CNS, considerado o principal movimento de oposição ao regime de Bashar al Assad.
“Pedimos aos observadores da Liga Árabe que vão para todas as áreas de conflito na Síria ou, se não puderem fazê-lo, que se retirem e deem por terminada sua missão”, acrescentou o CNS.
No sábado, a delegação chefiada por Samir Seif al Yazal, vice-secretário-geral da Liga Árabe, se reuniu em Damasco com o chanceler sírio, Walid Mualem, em um encontro denominado de “positivo” pelo governo da Síria.
O vice-secretário-geral da Liga, Samir Seif al Yazal, chegou na quinta-feira a Damasco na chefia de uma delegação de umas dez pessoas, com a finalidade de preparar a chegada de outras dezenas de observadores árabes à Síria.
Milhares de pessoas participaram no sábado dos funerais de 44 vítimas dos atentados suicidas em Damasco. Opositores acusam o regime de ser o responsável pelos ataques e de querer responsabilizá-los. As autoridades sírias, ao contrário, viram nos ataques “a mão da Al Qaeda”.
Enquanto isso, segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, a repressão prosseguiu, com 20 civis mortos no sábado no país.