Opositores sírios convocam desobediência civil na capital
Ao menos 6 pessoas morreram neste domingo em decorrência da repressão
A oposição síria convocou a população para participar de um grande gesto de desobediência civil neste domingo – um dia depois de protestos contra o regime de magnitude sem precedentes em Damasco, que ocorreu sob a repressão das forças do presidente Bashar Assad.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.400 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
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Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), seis pessoas morreram neste domingo em decorrência da violência do regime. Depois de registrar seus primeiros “mártires” em Damasco, a oposição tentava ampliar a mobilização. O governo, por sua vez, destacou as forças de segurança que inspecionavam Mazé, o estratégico bairro de Damasco onde aconteceram as manifestações do sábado.
No plano diplomático, o Egito decidiu neste domingo retirar seu embaixador da Síria, onde a repressão continua, apesar das pressões internacionais, anunciou o ministério egípcio das Relações Exteriores. O Egito tinha encorajado na quarta-feira “uma mudança pacífica e real” na Síria e o fim imediato da violência contra os civis, embora tenha rejeitado uma intervenção militar no país. Em contrapartida, a Síria também retirou seu embaixador no Cairo.
(Com agência EFE)