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Oposição venezuelana critica o “golpe judicial” para impugnar deputados eleitos

"Hoje, o governo, a cúpula corrupta e derrotada, acredita que por estar perto de 31 de dezembro, do ano novo, pode realizar essa artimanha", disse o líder da aliança opositora

Por Da Redação
30 dez 2015, 14h44

A aliança opositora da Venezuela, Mesa da Unidade Democrática (MUD), comunicou nesta quarta-feira que a impugnação de oito de seus 112 deputados democraticamente eleitos é a continuação de um “golpe judicial” que a própria coligação havia denunciado na semana passada. “Nós queremos afirmar que esta é a continuidade do golpe judicial denunciado em 22 de dezembro. Naquela oportunidade, houve uma intensa mobilização da opinião pública nacional e internacional que paralisou em primeira instância aquela manobra”, disse o secretário-executivo da MUD, Jesús Torrealba.

O porta-voz da coalizão opositora se referiu à acusação feita pela MUD há uma semana, quando afirmou que o governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) tinha interposto um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a proclamação de 22 deputados eleitos no pleito de 6 de dezembro. O STJ negou, através de um comunicado, que tivesse recebido qualquer solicitação de impugnação de deputados opositores e acrescentou que a Sala Eleitoral (órgão responsável em apreciar tais pedidos) não tinha trabalhado naquela semana e que não tinha recebido nenhum recurso.

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No entanto, nesta terça, o Superior Tribunal confirmou o recebimento das ações, conjuntamente com as solicitações de medidas cautelares para suspender os resultados das eleições de seis seções eleitorais em três Estados do país, segundo uma ata divulgada para os meios de imprensa pelo órgão judicial. Nestas seis seções, o chavismo foi massacrado nas urnas pelos opositores. Alegando supostas irregularidades, tais como compra de votos e uma proporção anormal de votos inválidos, os recursos chavistas contestam os resultados das eleições em três seções do Estado de Aragua (região central), uma em Yaracuy (centro-leste), uma no Amazonas (sul), e em uma jurisdição especial para povos indígenas.

O PSUV e outros partidos aliados do governo obtiveram 55 cadeiras nas eleições legislativas, menos da metade dos 112 da MUD, que, com isso, terá a maioria de dois terços do Legislativo quando os deputados tomarem posse no próximo dia 5 de janeiro. “Hoje, o governo, a cúpula corrupta e derrotada, acredita que por estar perto de 31 de dezembro, do ano novo, pode realizar essa artimanha. No entanto, informamos que não será assim. O governo é o primeiro a ser afetado por esta situação, o primeiro a ser deslegitimado com esta situação”, declarou Torrealba.

(Da redação)

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