Oposição convoca protestos contra referendo para terça
Primeira etapa de consulta popular apontou vitória da Irmandade Muçulmana
Por Da Redação
17 dez 2012, 09h04
A Frente de Salvação Nacional (FSN), que reúne a maior parte da oposição não islamita do Egito, convocou para terça-feira manifestações em protesto contra as irregularidades da primeira etapa do referendo sobre a Constituição. No sábado, resultados não oficiais apontaram uma vitória do ‘sim’, mas a Comissão Eleitoral disse que não aceitará o resultado até a segunda etapa da votação, previsto para dia 22.
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“Queremos que as manifestações de amanhã sejam massivas. Temos o moral muito elevado, já que somos uma força que representa a metade da sociedade egípcia e à qual é preciso levar em conta na redação da Constituição”, disse nesta segunda-feira um porta-voz do FSN, Khaled Dawoud.
Em sua opinião, “o resultado nas urnas é claro e a Constituição deve ter um consenso majoritário, não pode ser rejeitado pela metade do povo”. No domingo à noite, a FSN pediu aos cidadãos em comunicado que participem de protestos em todas as regiões do país para rejeitar “a falsificação da vontade do povo mediante irregularidades cometidas de maneira organizada na primeira etapa”, no sábado passado.
O grupo solicitou ainda à Comissão Eleitoral que estude o pedido de várias ONGs de repetir a primeira etapa, uma iniciativa que a aliança opositora apoiou ontem pelas irregularidades que teriam sido cometidas. Além disso, fez um apelo para investigar com “integridade” as 4.000 denúncias apresentadas pelos cidadãos e registradas pelas ONGs e que se puna os que teriam cometido estas irregularidades.
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Consulta – Os primeiros resultados não oficiais apontaram uma vitória do ‘sim’ no primeiro dia de referendo, que, segundo a Irmandade Muçulmana, venceu em oito das dez províncias nas quais se realizou a consulta. A Comissão Eleitoral afirmou que não aceitará os resultados até que sejam resolvidos os recursos que se apresentem após a segunda etapa, que ocorrerá no próximo dia 22, sábado.
A FSN pediu o ‘não’ ao texto constitucional, criticando que tenha sido aprovado por uma Assembleia Constituinte dominada por islamitas e alegam que anula direitos e liberdades, além de abrir uma brecha para interpretações islamitas da lei.
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