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Operação policial contra milícia armada nos EUA termina com uma morte

Os irmãos Ammon e Ryan Mundy, chefes dos milicianos, foram detidos pelo FBI. Eles são acusados de "invasão de propriedade do governo e conspiração"

Por Da Redação
27 jan 2016, 06h58

Uma pessoa morreu nesta terça-feira durante uma operação policial contra uma milícia armada que tinha ocupado instalações do governo em uma reserva florestal no Estado do Oregon, no oeste dos Estados Unidos. De acordo, com o The New York Times, os principais chefes e vários integrantes da milícia foram detidos. A polícia estadual do Oregon e o FBI (a polícia federal americana) informaram, em comunicado conjunto, que a morte de um dos milicianos aconteceu durante “uma troca de tiros”.

Na operação as autoridades bloquearam o veículo em que estavam os membros da milícia, o que resultou na uma troca de tiros, mas, por enquanto, ainda não se sabe quem fez o primeiro disparo. No dia 2 de janeiro, milicianos armados tomaram a sede da reserva natural Malheur National Wildlife Refuge como parte de um protesto na cidade de Burns em apoio a dois fazendeiros condenados por realizar queimadas em áreas do governo sem permissão.

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Desde então, outras pessoas provenientes de todo o país se juntaram aos milicianos, e os amotinados organizaram vários encontros com a população local para defender sua posição e protestar contra o que consideram abusos e autoritarismo do governo federal. À frente dos amotinados se encontram os irmãos Ammon e Ryan Mundy, filhos do fazendeiro de Nevada Cliven Bundy, conhecido por levar anos desafiando o governo ao se negar a pagar uma multa pelo fato de seu gado pastar em terrenos federais. Os dois irmãos foram detidos na operação de hoje, e Ryan ficou ferido, mas com pouca gravidade. Eles são acusados de “invasão de propriedade do governo e conspiração para obstruir o trabalho dos agentes federais”.

O fato que desencadeou o protesto foi a condenação de dois fazendeiros do Oregon, Dwight Hammond e seu filho Steve, por terem feito queimadas não autorizadas em terras federais em 2001 e 2006. O pai da família Hammond foi condenado a três meses de prisão e seu filho a um ano. Eles cumpriram as penas, mas em outubro, um tribunal de apelações considerou que a punição era branda demais e aumentou a condenação para mais quatro anos para cada um, já que as leis federais punem o incêndio provocado com pelo menos cinco anos de prisão.

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Os Hammond alegam que o fogo foi ateado em sua propriedade para evitar o crescimento de plantas invasoras, mas o governo alegou que os dois se dedicavam à caça ilegal e a outras atividades ilegais e provocaram os incêndios para apagar as provas. Para os milicianos, os Hammond são alvo de intimidação do governo e tratados como “terroristas” sem merecê-lo.

Histórico – Nos protestos de Burns, uma área montanhosa extremamente remota do oeste americano, há pessoas armadas pertencentes a milícias autorreguladas, inspiradas nas forças insurgentes que surgiram quase espontaneamente e que enfrentaram os britânicos durante a independência do país, declarada em 1776. As atuais milícias armadas, com inspiração de grupos de extrema-direita e antissistema, justificam sua existência no texto da Segunda Emenda da Constituição que fala do portar armas, mas em um contexto que remonta ao fim do século XVIII. Na imprensa americana, alguns articulistas compararam as ações dos milicianos às de terroristas que invadem locais públicos armados e desafiam governos.

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(Da redação)

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