Oito pessoas morreram nesta quarta-feira em operações das forças de segurança e do Exército no noroeste e no centro da Síria, enquanto militantes convocaram manifestações para esta quinta-feira pelos seis meses de revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad.
“As forças armadas e de segurança estão realizando incursões na região de Jabal Al-Zauia (…), com metralhadoras e armamento pesado”, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O Observatório afirmou também que o exército já bombardeou os lugares onde militantes poderiam se esconder.
Quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta operação, segundo a mesma fonte, que mencionou a prisão de uma centena de pessoas, entre elas oito membros da família de um oficial, Riad Al Assad, que desertou.
Uma criança morreu nesta quarta-feira em Janudiya, em Jisr el Shughur, perto da fronteira turca, quando as forças de segurança dispararam para dispersar uma manifestação, segundo a OSDH.
Um morador da cidade de Homs (centro) morreu por balas das forças de segurança que atingiram sua casa no bairro Bab Sebaa, segundo a mesma fonte.
E na região de Hama (centro), outras duas pessoas morreram nas cidades de Howeja e Bana, segundo a OSDH.
Ablin, um dos locais afetados, é o lugar natal do tenente coronel Husein Harmush, primeiro oficial do exército que anunciou publicamente em junho que desertava em protesto pela repressão ao movimento de revolta contra o regime.
“Seis meses. Mais do que nunca determinados (a prosseguir) com a revolta do dia 15 de março”, escreveram os militantes no site “Syrian Revolution 2011”, apesar da repressão do regime que já fez, segundo a ONU, mais de 2.600 mortos.
O governo síbio afirma que enfrenta “grupos terroristas armados” que tentam semear o caos.
A Rússia, aliada de Damasco, alertou nesta quarta-feira que os “terroristas” podem tomar o poder caso o regime do presidente Bachar Al-Asaad caia.