Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

ONU: situação em campo de refugiados em Damasco é ‘além de desumana’

O grupo jihadista Estado Islâmico tomou o campo de refugiados palestinos de Yarmouk e impede que a ajuda humanitária chegue aos civis. Sírios bombardeiam o campo

Por Da Redação
6 abr 2015, 11h03
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Bombardeios e confrontos esporádicos foram registrados num campo de refugiados palestinos de Yarmouk na capital síria nesta segunda-feira. A situação no local, que está sob ataque de extremistas islâmicos, foi descrita por Chris Gunness, funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), como “além de desumana”. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, ONG sediada em Londres, informou que desde domingo a Força Aérea síria, fiel ao ditador Bashar Assad, tem lançado várias bombas no campo. O porta-voz do Grupo de Ação para os Palestinos na Síria, Fayez Abu Eid, afirmou que a situação é “catastrófica”.

    Publicidade

    Extremistas do Estado Islâmico (EI) invadiram o local, que fica ao sul de Damasco, na quarta-feira. O ataque é o mais próximo da capital síria que o grupo terrorista já perpetrou. Autoridades palestinas e ativistas sírios disseram que os extremistas se uniram a um grupo rival, afiliado à Al Qaeda, a Frente Nusra, nas ações no local. Os dois grupos travaram violentos confrontos em outras partes do país, mas parecem estar cooperando no ataque a Yarmouk. Em comunicado, a Frente Nusra informou que tem “posição neutra” no campo de refugiados.

    Publicidade

    Leia também

    Estado Islâmico toma campo de refugiados nos arredores de Damasco

    Publicidade

    Imagem de menina síria ‘se rendendo’ diante de câmera fotográfica se torna viral

    Continua após a publicidade

    Segundo Abu Eid, no interior de Yarmouk, onde ainda estão muitos civis que não conseguiram fugir, não há água nem comida. O diretor de Assuntos Políticos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Damasco, Anwar Abdul Hadi, disse que o EI dominava 90% do campo.

    Publicidade

    Gunness, porta-voz da agência da ONU que apoia os refugiados palestinos, disse em Barcelona, na noite de domingo, que a agência não tem conseguido enviar alimentos ou comboios para o campo desde o início dos confrontos. “Isso significa que não há comida, não há água e há poucos medicamentos”, disse ele. “A situação no campo é além de desumana. As pessoas estão presas em suas casas, há confrontos nas ruas. Há relatos de bombardeios. Isso tem de parar e os civis devem ser retirados”.

    Leia mais

    Publicidade

    Depois de fugir da guerra, sírios enfrentam falta de comida e água

    Continua após a publicidade

    Brasileira relata trabalho humanitário em campo de refugiados sírios

    Publicidade

    A ONU afirma que cerca de 18.000 civis, dentre eles uma grande quantidade de crianças, não pode sair de Yarmouk. O campo está sob cerco do governo há quase dois anos, o que leva à fome e à proliferação de doenças. Antes do início do conflito na Síria em março de 2011, cerca de 160.000 pessoas moravam no local, das quais apenas 12.000 continuavam no campo na semana passada, segundo dados da OLP.

    (Da redação)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.