Genebra, 31 jan (EFE).- A ONU alertou nesta terça-feira sobre o aumento da violência nos confrontos entre o Exército sírio, leal ao regime de Bashar al Assad, e as forças da oposição, apesar de reconhecer que precisa da imprensa para calcular o número de vítimas.
‘É muito difícil de investigar o que está acontecendo na Síria, por isso paramos de atualizar o número de vítimas, mas parece que há um crescimento da violência muito perigoso e alarmante’ que também atinge a periferia de Damasco, comentou Rupert Colville, porta-voz do Escritório do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, em Genebra.
Colville esclareceu que ninguém dúvida que o número de feridos e mortos continue aumentando, mas reafirmou que seu organismo ‘não tem condições de comprovar’ os números que chegam da Síria, fornecidos por grupos da oposição.
O porta-voz mencionou o apelo da ONU às autoridades sírias para que ‘detenham o assassinato de civis’, e pediu ‘aos combatentes da oposição que atuem com extrema prudência para não evitar assassinatos desnecessários’.
O último número divulgado pela ONU é do meio de janeiro e contabiliza mais de 5,4 mil óbitos, mas desde então já foram repassados dados de centenas de vítimas a cada semana.
A última grande operação dos militares de Assad ocorreu na periferia da capital, onde apenas no domingo podem ter morrido em torno de 100 pessoas nos combates.
O Conselho de Segurança da ONU deve abordar nesta terça a situação dos direitos humanos na Síria, com projeto de resolução que pede a saída do poder do presidente sírio, ao qual se opõem a China e a Rússia. EFE