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ONU: primeira-dama da Ucrânia faz apelo por 19 mil crianças ‘sequestradas’

Kiev e tribunais acusam Kremlin de deportar crianças ucranianas à força para a Rússia, onde seriam doutrinadas; Zelensky chamou caso de 'genocídio'

Por Da Redação
Atualizado em 20 set 2023, 09h09 - Publicado em 20 set 2023, 09h07
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  • A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, pediu ajuda dos líderes mundiais na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta quarta-feira, 20, para resgatar as crianças ucranianas deportadas à força para a Rússia, onde supostamente são doutrinadas e privadas de sua identidade nacional.

    Falando à margem da Assembleia Geral, Zelenska afirmou que mais de 19 mil crianças ucranianas foram levadas à força para território russo ou partes da Ucrânia ocupadas pelas forças do Kremlin. Até agora, apenas 386 foram trazidos de volta.

    “[Os russos] estão dizendo [às crianças ucranianas] que os seus pais não precisam deles, que o seu país não precisa deles, que ninguém está à espera deles”, descreveu Zelenska. “As crianças sequestradas foram informadas de que não são mais crianças ucranianas, mas sim crianças russas.”

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    O discurso à Assembleia Geral do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na terça-feira 19, foi mais longe, acusando a Rússia de cometer genocídio.

    “Estamos tentando trazer as crianças de volta para casa, mas o tempo passa. O que vai acontecer com elas?”, ele perguntou. “Essas crianças na Rússia são ensinadas a odiar a Ucrânia e todos os laços com as suas famílias são rompidos. Isto é claramente um genocídio”, acrescentou.

    A Rússia nega todas as acusações, dizendo, em vez disso, que salvou as crianças ucranianas dos horrores da guerra.

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    O Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, sob a acusação de crime de guerra de deportação ilegal de crianças ucranianas. Maria Lvova-Belova, comissária presidencial da Rússia para os direitos da criança, também é alvo de outro mandado por acusações semelhantes.

    Segundo a primeira-dama ucraniana, mais de 500 crianças foram mortas desde que a Rússia invadiu o seu vizinho, há mais de um ano e meio, e centenas de outras foram mutiladas ou feridas.

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    As autoridades da Ucrânia também investigam mais de 230 casos de violência sexual cometida por soldados russos contra civis, incluindo 13 crianças, de acordo com Zelenska – 12 meninas e um menino, sendo que a vítima mais jovem tinha apenas 4 anos na época do crime.

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