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ONU pede investigação imediata sobre ataque israelense à Faixa de Gaza

Por Da Redação
1 jun 2010, 07h22

O Conselho de Segurança da ONU pediu na madrugada desta terça-feira uma investigação “imediata”, “imparcial”, “crível” e “transparente” dos fatos entorno do ataque israelense contra um comboio de ajuda humanitária aos palestinos e exigiu a libertação imediata dos civis. O dia também começou marcado por muitos protestos palestinos pelo mundo.

Ao fim de uma reunião de emergência de mais de 12 horas para examinar a situação após o episódio, o Conselho de Segurança condenou os “atos que resultaram na perda de pelo menos 10 vidas e deixaram vários feridos”. Após o encontro em Nova York, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que tem sede em Genebra, convocou uma nova reunião urgente para a tarde desta terça-feira, ainda para discutir o caso.

“O Conselho de Segurança destaca que a situação em Gaza não é sustentável”, completa o texto. Antes da reunião, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chamou o ataque de “terrorismo de Estado”.

Oficiais da Marinha israelenses atacaram, em águas internacionais, uma pequena frota humanitária integrada por cidadãos de diversos que seguia para Gaza com o objetivo de entregar mantimentos e remédios aos palestinos. O comunicado da ONU lembrou, ainda, a resolução 1860, de janeiro de 2009, que exige a livre distribuição de mantimentos, combustíveis e remédios em Gaza, e determina a plena implementação por parte de Israel.

Passageiros – Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos aguardam a deportação de Israel, segundo a rádio pública do país. Na declaração divulgada ao fim da reunião, o Conselho de Segurança pede “a libertação imediata dos barcos e dos civis detidos” por Israel.

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“Uma parte dos detidos se recusou a apresentar identificação. Protestaram, se jogaram no chão, com uma atitude provocadora”, disse Yossi Edelstein, alto funcionário do ministério do Interior, em entrevista à rádio militar. “Os que aceitaram ser expulsos sem problema foram levados ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv”, completou.

Entre os passageiros estão cidadãos da Malásia, Indonésia, Marrocos, Argélia, Paquistão, Kosovo, Iêmen e muitos turcos. A maioria dos países citados não têm relações diplomáticas com Israel, com exceção da Turquia. A brasileira Iara Lee também está entre os detidos. Edelstein, no entanto, não divulgou a nacionalidade ou identidade dos nove passageiros mortos no ataque. A rádio militar informou que os passageiros eram originários de 38 países e que serão expulsos nas próximas 72 horas, depois de interrogatórios na presença de um juiz.

A emissora completou que 480 passageiros estavam detidos em uma prisão do sul de Israel e que os demais seriam transferidos do porto de Ashdod, para onde foram levados os barcos da flotilha, para a penitenciária. A polícia está em alerta diante da prisão de Beersheva, para impedir qualquer protesto. Ao mesmo tempo, 45 passageiros, em sua maioria turcos, continuam hospitalizados, assim como sete soldados.

Rússia e UE – Também nesta terça-feira, Rússia e União Europeia (UE) pediram em um comunicado conjunto a realização de uma investigação “completa e imparcial” sobre o ataque israelense. O presidente russo, Dmitri Medvedev, considerou a perda de vidas humanas “injustificável”. A ação israelense teve como alvo uma flotilha de seis barcos que zarparam da Turquia e pretendia superar o bloqueio imposto por Israel desde junho de 2007 à Faixa de Gaza, onde vivem isolados 1,5 milhão de palestinos.

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(Com agência France-Presse)

Leia no blog de Reinaldo Azevedo:

“É assustador que o alinhamento com uma causa e o ódio – sim, o ódio! – a Israel impeça muita gente de ver o que está diante de seus olhos. Ou pior: mesmo vendo, fazem de conta que não está ali.”

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