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ONU: Gbagbo foi levado ao norte da Costa do Marfim

Presidente foi preso na segunda-feira pelas forças leais ao governante eleito

Por Da Redação
13 abr 2011, 18h21

O ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que foi preso na segunda-feira pelas forças leais ao governante eleito, Alassane Ouattara, foi levado nesta quarta-feira a uma residência presidencial no norte do país, informou o Conselho de Segurança da ONU.

“Fomos informados de que Gbagbo foi enviado a uma residência presidencial no norte do país e que sua integridade física está sendo preservada adequadamente”, anunciou à imprensa o presidente rotativo do principal órgão internacional de segurança, o embaixador colombiano Néstor Osorio.

Desta forma, Osorio confirmou a saída de Gbagbo do Hotel Golfe de Abidjan, onde permanecia desde que foi preso na segunda-feira pelas Forças Republicanas (FRCI). O ex-presidente, que dirigia o país desde 2000, enfrenta agora uma prisão domiciliar decretada pelo presidente Ouattara até que se inicie uma investigação judicial para indiciá-lo pelos crimes cometidos.

Pacificação – Ouattara prometeu nesta quarta-feira aos marfinenses a “total pacificação” da nação em “um ou dois meses”, depois que a Missão das Nações Unidas no país (Onuci) e a operação francesa Licorne interceptarem todas as armas ilegais que circulam no país.

Segundo Ouattara, os milicianos e mercenários contratados pelo presidente deposto Laurent Gbagbo, que se negou a reconhecer sua derrota nas eleições de novembro passado, são os responsáveis por todos os incidentes violentos registrados no país nas últimas semanas.

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“A prioridade deve ser libertar Abidjan e o resto do país dos milicianos e mercenários, a quem exijo que deponham as armas imediatamente”, afirmou Ouattara à imprensa. Além disso, pediu que não haja represálias aos seguidores de Gbagbo. “Faremos o possível para proteger todos os marfinenses da mesma maneira, independentemente de sua etnia, religião ou tendência política”, ressaltou Ouattara.

Segundo o governante, suas prioridades atuais, após quatro meses de enfrentamentos, consistem em garantir a segurança dos marfinenses, manter a ordem pública e favorecer a reativação do país.

Análise – O Conselho de Segurança da ONU analisou nesta quarta-feira a situação da Costa do Marfim com o objetivo de “acelerar a reconciliação e a estabilização do país”, em uma sessão a portas fechadas após a qual Osorio divulgou um comunicado no qual os 15 membros aplaudem o fato de Ouattara já estar em posição de assumir todas as suas responsabilidades como chefe de estado.

“Os membros do Conselho de Segurança exortam o presidente Ouattara a formar um governo inclusivo”, anunciou o embaixador colombiano, que pediu a todos os marfinenses que evitem as represálias, a vingança e as provocações, exerçam a contenção para promover a reconciliação nacional e restaurar uma paz duradoura através do diálogo.

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Aplausos – Os 15 países-membros do Conselho aplaudiram também o compromisso de Ouattara de investigar os ataques contra os direitos humanos denunciados e consideraram que os responsáveis por esses ataques, independentemente de sua afinidade política, devem ser processados.

O órgão também expressou sua preocupação pelos episódios de violência que continuam sendo registrados em Abidjan, a capital econômica do país, e pediu a todos os combatentes ilegais que entreguem as armas imediatamente às autoridades.

Além disso, segundo destacou o diplomata, o Conselho de Segurança expressou seu apoio às novas autoridades em seus esforços por reconstruir as instituições e completar os aspectos não concluídos do processo de paz no país. O comunicado emitido por Osorio também pede à comunidade internacional que ofereça ajuda humanitária urgente à população da Costa do Marfim e seus países vizinhos, especialmente a Libéria.

(Com agência EFE)

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