O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução condenatória ao regime do ditador sírio Bashar Assad. O documento reivindica o fim imediato das violações dos direitos humanos e dos ataques contra civis pelas tropas do governo.
Assim como fizeram em votação no Conselho de Segurança da ONU, China e Rússia foram contra a resolução, argumentando que o documento é uma tentativa encoberta de legitimar uma eventual intervenção militar externa na Síria. Dos 47 países-membros do CDH que têm direito a voto, apenas China, Rússia e Cuba se pronunciaram contra, enquanto Equador, Índia e Filipinas se abstiveram.
O texto adotado também reivindica ao governo sírio que permita a entrada das agências humanitárias e das Nações Unidas para avaliar as necessidades nas áreas mais afetadas, principalmente na cidade de Homs, considerada o reduto das forças rebeldes.
ONU – O emissário das Nações Unidas de da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, afirmou também na quarta-feira que viajará em breve a Damasco para enviar uma mensagem clara ao regime sírio: “Os massacres e a violência devem cessar e as organizações humanitárias devem ter acesso (à população) para fazer seu trabalho, e se isso não acontecer será lamentável”.
O ex-secretário-geral das Nações Unidas destacou a “necessidade de um diálogo entre todos os atores” da crise síria “o mais cedo possível”. Annan estimou que sua missão é “uma tarefa muito difícil” e um “desafio árduo”, destacando a “extrema importância de que todos aceitem apenas um processo de mediação” na Síria, “o que a ONU e a Liga Árabe me pediram para conduzir”. Segundo Annan, a comunidade internacional deve “falar apenas uma voz para que esta voz seja forte”.
(Com agências EFE e France-Presse)