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ONU conclui que tanto Hamas quanto Israel cometeram crimes de guerra

Relatório será discutido pelo Conselho de Direitos Humanos, em Genebra; Tel Aviv rejeitou documento como parte de 'agenda anti-Israel'

Por Da Redação
Atualizado em 12 jun 2024, 15h23 - Publicado em 12 jun 2024, 09h01
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  • Míssil explode na cidade de Gaza durante um ataque aéreo de Israel, logo após o país declarar guerra contra o Hamas. 08/10/2023 -
    Míssil explode na cidade de Gaza durante um ataque aéreo de Israel, logo após o país declarar guerra contra o Hamas. 08/10/2023 - (Mahmud Hams/AFP)

    Um relatório de uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas, publicado nesta quarta-feira, 12, concluiu que tanto o grupo terrorista palestino Hamas quanto Israel cometeram crimes de guerra no conflito na Faixa de Gaza, que já dura seis meses.

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    O documento abrange o período de 7 de outubro a 31 de dezembro de 2023. As conclusões baseiam-se em entrevistas com vítimas e testemunhas, centenas de contribuições, imagens de satélite, relatórios médicos e informações verificadas de fonte aberta (open source).

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    “No meio de meses de perdas e desespero, represálias e atrocidades, o único resultado tangível (da guerra) tem sido o agravamento do imenso sofrimento tanto dos palestinos como dos israelenses. Os civis, mais uma vez, suportam o peso das decisões daqueles que estão no poder”, disse o documento das Nações Unidas.

    Acusações contra o Hamas

    O relatório acusa o Hamas de “dirigir ataques intencionalmente contra civis” e de cometer “assassinatos ou homicídios dolosos”. Também acusa o grupo de “tortura, tratamento desumano ou cruel” e de “disparar projéteis indiscriminadamente contra áreas povoadas de Israel”.

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    Os terroristas também foram acusados de “crime de guerra de ultraje à dignidade pessoal”, destacando, durante o ataque de 7 de outubro contra Israel, “a profanação de cadáveres por queima, mutilação e decapitação” e “a profanação sexualizada de cadáveres masculinos e femininos” e “violência sexual”.

    “Para os israelenses, o ataque de 7 de outubro teve uma escala sem precedentes na sua história moderna, quando num único dia centenas de pessoas foram mortas e raptadas, invocando o trauma doloroso da perseguição passada, não só para os judeus israelitas, mas para o povo judeu em todo o mundo”, disse o documento.

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    Acusações contra Israel

    O texto prossegue listando o que considera como crimes de guerra israelenses, incluindo “a fome como método de guerra; assassinato ou homicídio doloso; dirigir intencionalmente ataques contra civis e bens civis; deslocamento forçado; violência sexual; e ultraje à dignidade pessoal”. O relatório acrescenta ainda que “Israel infligiu punição coletiva à população palestina em Gaza” pelos ataques do Hamas.

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    “Para os palestinos, a operação militar de Israel em Gaza teve os ataques mais longos, maiores e mais sangrentos desde 1948. Causou imensos danos e perdas de vidas e desencadeou em muitos palestinos memórias traumáticas da Nakba e de outras incursões israelenses”, afirmou o texto, referindo-se à guerra da criação do Estado Judeu.

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    Reações

    As conclusões do relatório serão discutidas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na próxima semana, segundo a agência de notícias Reuters. A Comissão de Inquérito é composta de três peritos independentes, com os quais Israel não cooperou, por afirmar terem um preconceito anti-Israel.

    A missão diplomática de Israel junto das Nações Unidas já rejeitou as conclusões do relatório. Meirav Eilon Shahar, embaixadora israelense em Genebra, disse: “A Comissão de Inquérito provou mais uma vez que as suas ações estão todas ao serviço de uma agenda política contra Israel”.

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    A comissão independente das Nações Unidas acusou Tel Aviv de obstruir seu trabalho e impedir que os investigadores tivessem acesso tanto ao território israelense como aos territórios palestinos ocupados pelo Exército de Israel.

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