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ONU alerta que ataque terrestre de Israel contra Rafah seria um ‘massacre’

Iminente invasão a cidade no sul da Faixa de Gaza pode colocar até 1,5 milhões de civis na linha de tiro; Tel Aviv diz que terroristas se escondem lá

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 14 fev 2024, 09h05

Um alto funcionário das Nações Unidas, o chefe de assuntos humanitários, Martin Griffiths, alertou nesta quarta-feira, 14, que um ataque terrestre de Israel contra Rafah, a cidade mais ao sul de Gaza, poderia levar a um “massacre”. A região, que faz fronteira com o Egito, tornou-se uma espécie de refúgio para os palestinos que foram deslocados do resto do enclave devido à guerra.

Griffiths, numa fala contundente, disse que Gaza já estava sofrendo um “ataque sem paralelo em sua intensidade, brutalidade e alcance”, mas avaliou que as consequências de uma invasão de Rafah seriam ainda mais “catastróficas”.

Segundo ele, mais de um milhão de pessoas estão “amontoadas em Rafah, encarando a morte de frente”, e que nenhuma delas tem “qualquer lugar seguro para ir”. Referindo-se à assistência das Nações Unidas aos palestinos, a autoridade acrescentou que uma invasão israelense “deixaria a operação humanitária já frágil à beira da morte”.

Civis na linha de tiro

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu prometeu levar a guerra a cabo até a “vitória total”, ou seja, até que o Hamas seja completamente dizimado. Agora, as forças israelenses afirmam que os homens armados do grupo terrorista palestino estão escondidos em Rafah.

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Rafah sofreu fortes ataques aéreos israelenses nos últimos dias, que mataram pelo menos 67 pessoas na segunda-feira 12, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Stephane Dujarric, m porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse à emissora britânica BBC que ele não recebeu de Israel nenhum plano para a retirada de civis de Rafah. Além disso, afirmou que a organização internacional não auxiliaria o exército israelense numa operação do tipo.

“As Nações Unidas não participarão de nenhum deslocamento forçado de pessoas”, disse ele, referindo-se a um dos crimes de guerra contidos na Convenção de Genebra.

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Rafah é uma pequena cidade no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. Antes da guerra, lá viviam cerca de 250 mil pessoas, mas desde que Israel ordenou que os civis palestinos deixassem suas casas em direção ao sul do enclave, a sua população aumentou para cerca de 1,5 milhões.

Negociações de paz

A forte declaração vinda das Nações Unidas ocorreu ao mesmo tempo em que as negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza foram retomadas no Cairo, capital do Egito, para onde deslocou-se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta.

Altos funcionários dos Estados Unidos, Israel, Egito e Catar se reuniram ainda na terça-feira, com Tel Aviv sob pressão da comunidade internacional para não invadir Rafah. Por enquanto, segundo o Serviço de Informação do Estado Egípcio, não houve avanços nas conversas.

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