Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

ONU alerta para aumento de pobreza e insegurança em cidades sem planejamento

Por Da Redação
24 nov 2011, 20h18

Aday López.

Porto Alegre, 24 nov (EFE).- As cidades sofrerão uma catástrofe que causará um aumento da insegurança e das desigualdades se não forem criadas políticas urbanísticas que diminuam a segregação dos bairros afastados, segundo destacaram nesta quinta-feira diversos palestrantes no 10º Congresso Mundial de Metrópoles.

‘Se continuarmos assim, iremos direto ao desastre e em direção à perda da identidade cultural, ao aumento da insegurança cidadã e ao risco crescente de segregação e do surgimento de favelas verticais’, disse o diretor-executivo do Programa ONU-Habitat, Joan Clos, na abertura do evento, que começou hoje em Porto Alegre.

Este encontro reúne até o próximo sábado cerca de 800 líderes procedentes de 150 cidades com o objetivo de propor um novo rumo de crescimento e suavizar os sintomas de esgotamento do atual sistema.

Segundo os dados apresentados por Clos, quase um bilhão de pessoas vivem em bairros pobres e 62% da população da África Subsaaariana habita em bairros marginais, contra 43% dos caribenhos e latino-americanos.

Com o propósito de aliviar as consequências de um crescimento descontrolado das comunidades pobres, o diretor-executivo do ONU-Habitat propôs a criação de uma política urbanística única para cada país e a dilatação das cidades a fim de baratear o preço da moradia.

Continua após a publicidade

Os programas de atuação urbanística são projetos planificados nas grandes cidades para se estender através de sua área metropolitana e dotar esses novos bairros de infraestruturas e equipamentos básicos.

‘As dilatações devem estar planificadas com espaços orientados ao cidadão e sem fomentar a segregação’, frisou Clos, prefeito de Barcelona, na Espanha, entre 1997 e 2006.

O presidente da Rede Metropolis, Jean-Paul Huchon, concordou em parte com Clos ao destacar que as cidades se encontram em processo de transição e ressaltou que 70% da população mundial viverá em cidades em 2050.

‘Os planejamentos urbanos devem surgir do debate, da consulta e do consenso, mas para isso é necessário aumentar a democracia participativa e fomentar o transporte público para reduzir a poluição’, afirmou Huchon à Efe.

O ex-prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, opinou que a violência e o narcotráfico são dois dos principais problemas enfrentados pelas grandes cidades e apelou à legislação para controlá-los.

Continua após a publicidade

‘As leis são como as recomendações médicas. Se forem cumpridas, a pessoa melhora, mas para isso também é necessário o apoio da família e da justiça’, frisou Mockus, que participou da mesa-redonda ‘Governança e Qualidade de Vida’.

Apesar de sua larga carreira política, Mockus, que foi prefeito da capital colombiana por dois mandatos e candidato à Presidência do país, sustentou que não é necessário depender de um cargo público para combater esses problemas e acrescentou que os eleitores sofrem atualmente de um ‘daltonismo político’ que lhes impede de diferenciar ideologias e propostas.

O Congresso recebeu em sua jornada inaugural conferências e mesas-redondas nas quais foram analisados os desafios que as cidades do futuro terão pela frente.

‘É nossa responsabilidade responder com firmeza, segurança e transparência às demandas e reivindicações dos cidadãos’, considerou o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, antes de ressaltar que o evento está orientado ao fomento do desenvolvimento sustentável e ao respeito do meio ambiente.

O prefeito de Barcelona, Xavier Trias, participará de uma sessão do segundo dia do Congresso no qual discutirá soluções inovadoras aplicadas à mobilidade urbana e apresentará o processo de revitalização do porto catalão que a Prefeitura de Porto Alegre pretende aplicar na cidade. EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.