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ONU: 258 milhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar em 2022

Lideranças das Nações Unidas ressaltaram que projetos de ajuda alimentar sofrem com problemas de financiamento

Por Da Redação 3 Maio 2023, 12h35

Um relatório das Nações Unidas publicado nesta quarta-feira, 3, aponta que mais de um quarto de bilhão de pessoas em 58 países enfrentou insegurança alimentar aguda no ano de 2022. Entre os motivos citados estão conflitos, mudanças climáticas, efeitos da pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O Relatório Global sobre Crises Alimentares, uma aliança de organizações humanitárias formada pela ONU e pela União Europeia, ressalta a gravidade da situação especialmente em sete países: Somália, Afeganistão, Burkina Faso, Haiti, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen. Ao todo, número de pessoas que necessita de ajuda alimentar urgente chega a 258 milhões de pessoas.

A insegurança alimentar aguda ocorre quando a incapacidade de uma pesso consumir alimentos adequados coloca suas vidas ou meios de subsistência em perigo imediato. Atualmente, de acordo com Jutta Urpilainen, comissária de parceria internacional da União Europeia, a estratégia do bloco pra combater esse problema é “aumentar a produção local e reduzir a dependência de importações insustentáveis”.

De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, esse índice aumentou pelo quarto ano consecutivo. Guterres diz que esse é um “indício contundente do fracasso da humanidade” em implementar as metas estabelecidas para acabar com a fome no mundo.

Apesar do aumento também ser devido a mais populações sendo analisadas, o relatório concluiu que a gravidade do problema está em crescimento, “destacando uma tendência preocupante de deterioração”.

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A fome está sendo causada por uma interação de várias causas, principalmente relacionadas a conflitos, choques climáticos, o impacto da pandemia e as consequências da guerra entre RússiaUcrânia. O conflito foi responsável por afetar diretamente o comércio global de fertilizantes, trigo, milho e óleo de girassol.

O impacto desses fenômenos está afetando de maneira mais forte os países mais pobres, que dependem da importação de alimentos. Especialistas pedem uma “mudança de paradigma” para que mais recursos sejam gastos investindo em intervenções agrícolas que antecipem crises alimentares com o objetivo de evitar maiores prejuízos.

“O desafio que temos é o desequilíbrio, a incompatibilidade que existe entre o valor do financiamento concedido, em que esse financiamento é gasto e os tipos de intervenções necessárias para fazer uma mudança”, disse Rein Paulsen, diretor de emergências e resiliência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

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A nova chefe do Programa Mundial de Alimentos da ONU emitiu um alerta de que os recursos para fornecer ajuda alimentar da agência estão “se esgotando perigosamente”. Segundo a diretora-executiva, Cindy McCain, a agência poderia ser forçada a tomar “decisões dolorosas de cortar” a assistência se um novo financiamento substancial não acontecer rapidamente.

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A diretora, que acabou de voltar de uma viagem à Somália, disse que “milhões estão à beira da fome e da catástrofe” e reafirmou que “todos nós sabemos que não precisa ser assim” no discurso de apresentação do relatório.

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