Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Oito milhões devem apagar as luzes na Austrália devido à crise energética

Ministro da Energia do país pediu para a população de Nova Gales do Sul, onde fica Sydney, não usar energia elétrica por duas horas todas as noites

Por Da Redação
Atualizado em 16 jun 2022, 16h48 - Publicado em 16 jun 2022, 09h48

O ministro da Energia da Austrália, Chris Bowen, pediu nesta quinta-feira, 16, às famílias em Nova Gales do Sul – estado que inclui a maior cidade do país, Sydney – que apaguem suas luzes devido à crise de energia no país.

Bowen disse que a eletricidade não deve ser usada por duas horas todas as noites, a não ser que “não tenham escolha”. No entanto, ele acrescentou que estava “confiante” de que os apagões poderiam ser evitados.

Isso ocorre depois que o principal mercado atacadista de eletricidade da Austrália foi suspenso por causa de um aumento nos preços.

Bowen pediu às pessoas que vivem em Nova Gales do Sul que conservem o máximo de energia possível.

“Se você puder escolher quando ligar certos aparelhos, não os ligue das 6 às 8 [da noite]”, disse ele durante uma entrevista coletiva em Canberra.

Por que a Austrália está em crise?

A Austrália é um dos maiores exportadores mundiais de carvão e gás natural liquefeito, mas vem enfrentando uma crise energética desde o mês passado. Três quartos da eletricidade ainda são gerados usando carvão, e o país há muito tempo é acusado de não fazer o suficiente para reduzir suas emissões investindo em energias renováveis.

Continua após a publicidade

Nas últimas semanas, a Austrália sentiu o impacto das interrupções no fornecimento de carvão, suspensões em várias usinas a carvão e aumento dos preços globais da energia.

Inundações causadas por chuvas fortes no início deste ano atingiram algumas minas de carvão em Nova Gales do Sul e Queensland, enquanto problemas técnicos cortaram a produção em duas minas que abastecem a maior estação a carvão do mercado em Nova Gales do Sul.

Cerca de um quarto da capacidade de geração de eletricidade a carvão da Austrália está paralisada devido a interrupções inesperadas. Além disso, os custos de energia subiram à medida que os preços globais de carvão e gás dispararam devido às sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia.

Enquanto isso, a demanda por energia saltou em meio a uma onda de frio e com a retomada da economia da Austrália após o relaxamento das restrições da Covid-19.

Tudo isso contribuiu para elevar os preços da energia no mercado atacadista para mais de 300 dólares australianos (mais de R$ 1 mil) por megawatt-hora fixado pelo regulador do mercado, o Australian Energy Market Operator (Aemo).

Continua após a publicidade

No entanto, o valor ficou abaixo do custo de produção para vários geradores, que decidiram reter a capacidade. Isso fez com que, na quarta-feira 15, a Aemo tomasse a medida sem precedentes de suspender o mercado, dizendo que definiria os preços diretamente e compensaria os geradores pelo déficit.

O que vai acontecer agora?

A Aemo ainda não ofereceu um cronograma de quando reverterá a suspensão. “Vamos continuar monitorando a situação e forneceremos mais atualizações caso as condições mudem”, disse em comunicado.

Nesta quinta-feira, o maior produtor de eletricidade da Austrália, AGL Energy, disse que espera poder fornecer mais energia para empresas e consumidores nos próximos dias. Três unidades da AGL Energy estão paralisadas em sua usina a carvão em Bayswater, Nova Gales do Sul.

A AGL disse que uma das unidades deve voltar à ativa ainda na quinta-feira, enquanto outra voltará a funcionar no sábado.

Enquanto isso, o novo primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, disse que a crise será abordada em uma reunião com os primeiros-ministros estaduais.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.