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OEA cria centro continental para combater o crime organizado

Por Por Henry Orrego
2 mar 2012, 20h56

A OEA anunciou nesta sexta-feira, no México, a criação de um centro continental para combater o crime organizado, que ameaça as democracias e a estabilidade econômica da região, onde foram registrados 154.836 homicídios no período de um ano, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira.

O centro permitirá unificar os esforços realizados pelos países para combater as organizações criminosas, cujas atividades, como o tráfico de drogas, de seres humanos e armas não conhecem fronteiras, assinalou o secretário-geral do organismo interamericano, José Miguel Insulza.

Oe centro oferecerá aos membros da OEA “um conjunto de instrumentos, além de capacitação para uma ação comum” ante o crime, assinalou Insulza no encerramento de um fórum que reuniu autoridades de justiça do hemisfério para analisar este desafio.

Durante dois dias, ministros da justiça, promotores e magistrados falaram, na sede da chancelaria mexicana, sobre as experiências de seus países, tentando desenhar as bases do que deve ser uma estratégia comum.

O secretário da Organização de Estados Americanos disse que o continente não pode “se deixar dobrar (…) na luta contra o flagelo da delinquência transnacional, nem se deixar seduzir por soluções pretensamente fáceis ou de curto prazo e, principalmente, jamais se render ante o inimigo nem conciliar com ele”.

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O continente é a região mais violenta do planeta com 154.836 homicídios ao ano, segundo estatísticas recolhidas pelo Observatório de Segurança da OEA.

Essa cifra significa que diariamente são assassinadas 424 pessoas, ou 17 a cada hora; 75% dos homicídios são cometidos com armas de fogo.

O Brasil, por exemplo, é o que apresenta maior índice de homicídios dolosos do continente, à frente de Colômbia, México e Estados Unidos, revela o informe. Foram 40.974 assassinatos em 2010 para uma população de 190 milhões de habitantes.

Em segundo lugar aparece a Colômbia, com 29.324 homicídios para uma população de 46 milhões de habitantes; seguida por México, com 20.585 entre 112 milhões, e Estados Unidos, com 14.159 assassinatos para uma população de 308 milhões.

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A Venezuela aparece na quinta posição no ranking de assassinatos, mas as cifras correspondem ao ano de 2009, quando ocorreram 13.986 homicídios dolosos para uma população de 27 milhões de habitantes.

Mas, por mais dramático que seja, o número de homicídios é apenas um dos muitos sintomas da forma como o crime organizado está afetando a vida dos cidadãos e das instituições.

A capacidade econômica e a influência regional das organizações criminosas permitem a elas, por exemplo, ameaçar as eleições e até impor candidatos, advertiu Adam Blackwell, secretário de segurança da OEA.

Atividades econômicas como a agricultura e o turismo também se veem ameaçadas. Na Colômbia, estima-se que os grupos criminosos chegaram a se apoderar de 4,5 milhões dos 10 milhões de hectares utilizáveis para o plantio, diretamente ou através de testas de ferro.

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Outro tema em debate foi a capacidade dos criminosos de corromper funcionários do governo e empresários, com os quais tecem alianças, assinalou James Cole, subsecretário de justiça dos Estados Unidos que representou seu país na capital mexicana.

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