Washington, 13 fev (EFE).- A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou nesta segunda-feira o assassinato do jornalista brasileiro Mário Randolfo Marques Lopes e de sua companheira, Maria Aparecida Guimarães.
Por meio da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão, a CIDH lamentou em comunicado o assassinato ocorrido na madrugada de quinta-feira passada em Barra do Piraí (RJ) e pediu às autoridades brasileiras que investiguem o caso para ‘esclarecer o motivo do crime, identificar e sancionar adequadamente os responsáveis, além de compensar de maneira justa os familiares das vítimas’.
A CIDH explicou que, segundo a informação recebida, pelo menos três desconhecidos teriam sequestrado o jornalista e sua companheira em seu domicílio. Horas depois, os corpos foram encontrados com ferimentos de bala.
Mário Randolfo Marques Lopes era editor-chefe do jornal eletrônico ‘Vassouras na Net’, da cidade de Vassouras (RJ), segundo informou o próprio meio, que pede justiça pelas duas mortes em seu site.
No site, Marques criticou e denunciou vários funcionários públicos locais, explicou a CIDH, que lembrou que o jornalista já tinha sofrido um ataque em julho passado, quando recebeu vários ferimentos de bala.
A Relatoria Especial pediu que as autoridades brasileiras realizem ‘todos os esforços necessários com o fim de prevenir a repetição desse tipo de ocorrência’ e lembrou que a Declaração de Princípios sobre Liberdade de Expressão da CIDH assinala que, nesses ataques a jornalistas, ‘é dever dos Estados prevenir e investigar esses fatos’.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) também condenou na sexta-feira passada o assassinato e pediu às autoridades que investiguem a fundo o ocorrido para levar os responsáveis à Justiça. EFE
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