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Obama usará Estado da União para anunciar ações sem o Congresso

Presidente americano vem enfrentando dura resistência dos congressistas republicanos e não consegue aprovar seus projetos nesse segundo mandato

Por Da Redação
28 jan 2014, 11h34

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai apresentar uma estratégia para contornar os problemas de seu governo com o Congresso e estimular a prosperidade da classe média no tradicional discurso anual Estado da União, nesta terça-feira. Obama vai deixar claro no discurso às 21h00 (0h00 no horário de Brasília) a disposição em deixar de lado os parlamentares americanos e trabalhar sozinho em algumas áreas, anunciando uma série de ações executivas que não exigem aprovação do Congresso – atualmente dividido, com os republicanos controlando a Câmara e democratas liderando o Senado.

Autoridades da Casa Branca afirmaram que Obama anunciará novas ações nas áreas de aposentadoria e treinamento profissional para ajudar os trabalhadores da classe média a ampliarem suas oportunidades econômicas. “Neste ano, o presidente vai buscar o máximo possível trabalhar com o Congresso. No entanto, quando o trabalho e o sustento dos americanos dependerem de fazer algo, ele não vai esperar”, disse Dan Pfeiffer, assessor de Obama, num e-mail enviado para correligionários sobre os temas do discurso. Para os republicanos, porém, Obama tem pouca margem para manobras. “A verdade é que, sem sair dos limites da sua autoridade, há pouco o que o presidente pode fazer. E se há, por que ele não fez ainda?”, afirmou Brenda Buck, porta-voz do presidente da Câmara, o republicano John Boehner.

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Com mais três anos de mandato, Obama reduziu suas ambições por grandes ações legislativas. A expectativa é que ele renove o apelo por um aumento no salário mínimo, pela reforma das leis de imigração bloqueada pelos republicanos e promova sua lei de assistência médica, conhecida como Obamacare. O sexto discurso Estado da União tem como alvo a desigualdade de renda, em um contexto em que classe média americana enfrenta dificuldades para progredir em meio à prosperidade dos mais ricos, na desequilibrada recuperação econômica do país.

O discurso – O mais importante discurso presidencial do ano levou semanas para ser preparado e teve supervisão atenta de Obama, que trabalhava no texto durante a noite e seu principal redator, Cody Keenan, durante o dia. O discurso teve ainda contribuições técnicas de vários acadêmicos, especialistas em áreas específicas, autoridades eleitas, ex-autoridades e executivos da iniciativa privada. Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, afirmou que “o presidente vai oferecer no seu discurso a sua visão, a sua pauta para que o país avance, e os passos que nós podemos tomar para ampliar as oportunidades para todos”.

Para destacar temas que são importantes para a Casa Branca, acompanharão o discurso na Câmara dos Deputados, junto com a primeira-dama Michelle Obama, heróis do atentado contra a Maratona de Boston no ano passado, um bombeiro que liderou o socorro no tornado de Oklahoma e Jason Collins, jogador de basquete que recentemente se declarou gay. Um dos objetivos de Obama é apresentar uma narrativa que os candidatos do Partido Democrata possam adotar na campanha para as eleições parlamentares de novembro. O partido do presidente tem a difícil tarefa de manter a maioria no Senado e tirar dos republicanos o controle da Câmara. O partido que controla a Casa Branca tradicionalmente perde cadeiras nas eleições parlamentares, sendo a votação assim um desafio para o presidente.

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Economia – Apesar do conteúdo político-eleitoral presente no texto, Andy Smith, da Universidade de New Hampshire, acredita que “o importante são os temas econômicos”. Para ela, “a economia vai ser a coisa que vai determinar se as pessoas têm confiança no presidente. Se a economia vai bem, as pessoas perdoam um monte de coisas que o presidente fez ou não deixou de fazer”, disse.

Obama tenta se recuperar de um difícil quinto ano na Casa Branca, quando projetos sobre imigração e controle de armas não avançaram no Congresso, a sua lei sobre assistência média teve dificuldades, e ele pareceu inseguro sobre o que fazer na Síria. Os adversários republicanos vão procurar no discurso brechas para criticarem o presidente e pistas sobre uma eventual sinalização para trabalharem conjuntamente em alguns temas, como o comércio, por exemplo.

(Com agência Reuters)

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