Washington, 10 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá com o rei Abdullah II da Jordânia em 17 de janeiro em Washington para abordar os esforços conjuntos para tentar retomar as conversas de paz entre israelenses e palestinos, informou nesta terça-feira a Casa Branca.
Obama receberá o monarca jordaniano no Salão Oval ‘para discutir uma ampla gama de questões econômicas e de segurança bilaterais e regionais’, detalhou a Casa Branca em comunicado.
A mansão presidencial destacou a ‘liderança’ do rei Abdullah nos avanços em direção ao ‘objetivo comum’ para conseguir ‘uma paz negociada entre israelenses e palestinos’.
Na terça-feira, a Jordânia acolheu uma reunião do Quarteto para o Oriente Médio (composto pelos EUA, a União Europeia, a Rússia e a ONU) e outra entre os negociadores chefe da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Saeb Erekat, e de Israel, Izhak Molkho.
Ambas se emolduram nos esforços por reativar as conversas diretas de paz, congeladas há 16 meses, quando os palestinos deixaram a mesa de negociação por causa da decisão de Israel de prosseguir com a construção de novos assentamentos em territórios ocupados.
Molkho e Erekat voltaram a reunir-se nesta segunda-feira em Amã e, apesar de manterem uma discussão franca, as divergências entre suas posições ‘persistiram’, segundo informou um porta-voz jordaniano.
Erekat já disse que não espera um grande avanço nas reuniões, a não ser que Israel se comprometa a frear a construção das colônias e aceite as fronteiras anteriores a 1967 para o futuro Estado palestino.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, acredita que os contatos não conduzirão a nada porque os palestinos foram ‘arrastados’ à mesa de negociações.
Para Obama, a reunião com o rei jordaniano também será uma nova oportunidade para ressaltar ‘os fortes laços de amizade’ entre os dois países, revelou a Casa Branca.
Além disso, o presidente americano quer demonstrar seu ‘apoio’ às reformas que o monarca está realizando em seu país para que o Governo seja ‘mais transparente, incluindo a resposta as aspirações do povo jordaniano’. EFE