A um dia da eleição, rivais vão a 8 estados-chave. Maioria das pesquisas mostra empate, mas Obama tem estreita vantagem em estados estratégicos
Por Da Redação
5 nov 2012, 02h24
Dezessete meses depois de iniciada e após ter consumido quase três bilhões de dólares, a edição 2012 da corrida eleitoral à Casa Branca chega ao fim nesta segunda-feira de maneira dramática. No último dia da campanha, o presidente democrata Barack Obama, que concorre à reeleição, e seu rival republicano, Mitt Romney, preparam uma verdadeira blitz nos chamados estados-chave, cujos votos no colégio eleitoral vão decidir a disputa.
Os candidatos e seus companheiros de chapa agendaram nada menos do que 14 comícios nos oito estados decisivos, um indicativo de que a batalha pelo voto dos indecisos, crucial nesta campanha, prossegue até o último instante. Obama, que esteve neste domingo em Ohio, volta ao estado nesta segunda e ainda faz paradas no Colorado, Wisconsin, Iowa e New Hampshire.
Romney também marcou eventos nestes últimos quatro estados e ainda visita a Flórida, Virgínia e Pensilvânia – onde sua presença só foi anunciada de última hora, num último esforço para tentar conquistar a vitória neste estado, que pode vir a ser decisivo para as pretensões do republicano.
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A maratona pela Presidência dos Estados Unidos, que chegou a parecer decidida meses atrás quando Obama abriu boa vantagem nas pesquisas aproveitando uma sucessão de gafes do adversário, teve uma reviravolta após o primeiro debate na TV, em 3 de outubro. Renascido das cinzas, Romney entrou de novo na disputa e, desde então, a corrida eleitoral segue acirrada. Este é o cenário apresentado pela maioria das pesquisas realizadas neste final de semana, a poucas horas da eleição.
Empate – Dos cinco levantamentos divulgados a dois dias do pleito, três mostram Obama e Romney exatamento empatados em pontos porcentuais. Ambos os candidatos possuem 49% das intenções de voto segundo pesquisa da rede CNN; 48% de acordo com a enquete do site Politico e da Universidade George Washington; e também 48% conforme o jornal The Washington Post.
As únicas pesquisas em que os rivais não aparecem em igualdade são a da rede NBC News/Wall Street Journal e a do Pew Center. Nas duas, Obama leva vantagem. Na primeira, está com 48%, apenas um ponto à frente de Romney. Já na segunda o presidente possui vantagem um pouco mais folgada: 50% a 47% – a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais.
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Estados – Apesar do virtual empate em nível nacional, a maioria das pesquisas aponta que Obama deve ser reeleito porque tem se saído melhor nos estados decisivos. Como a eleição nos EUA é indireta, feita por meio de um colégio eleitoral formado por 538 votos (divididos entre os estados de acordo com o tamanho da população), são os estados indefinidos que vão dar ao vencedor o número de votos no colégio eleitoral necessário para ser eleito (270).
Com os votos que já tem garantidos de estados onde a vitória é certa, como Nova York e Califórnia, o democarata precisa de 27 votos no colégio eleitoral, segundo as principais estimativas. E o caminho mais provável para conquistá-los é vencer em estados onde é favorito, apesar da vantagem nas pesquisas ser pequena. É o caso de Ohio (18 votos no colégio), Iowa (6) e Wisconsin (10). Mas se, por acaso, ganhar na Flórida, que possui 29 votos no colégio e segue indefinida no mapa eleitoral, Obama pode até perder em todos os demais estados-chave que ainda assim será reeleito. O provável, porém, é que Ronmey vença na Flórida.
Mesmo assim, para o republicano o caminho até a Casa Branca é mais complicado: descontando onde tem vitória assegurada ou encaminhada, como no Texas e na Geórgia, ele precisa conquistar 64 votos do colégio eleitoral nos oito estados indecisos em disputa, apontam as previsões. Assim, para se tornar o 45º presidente da história dos EUA, o republicano é obrigado a ter um ótimo desempenho onde a eleição ainda está aberta.
(Com agência EFE)
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