Obama e chefe da ONU celebram a prisão de Ratko Mladic
'Trata-se de um dia histórico para a Justiça internacional', afirmou Ban Ki-Moon
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o presidente americano, Barack Obama, celebraram nesta quinta-feira a prisão do ex-comandante sérvio bósnio Ratko Mladic, acusado pela Justiça internacional por crimes de guerra na antiga Iugoslávia. “Há 15 anos, Ratko Mladic ordenou a execução sistemática de cerca de 8.000 homens e crianças desarmadas em Srebrenica. Hoje, está atrás das grades”, disse Obama.
Em uma nota divulgada durante a cúpula do G8, na França, Obama também elogiou os esforços do presidente sérvio, Boris Tadic, em capturar Mladic. “Cumprimento o presidente Tadic e o governo da Sérvia por sua determinação em garantir que Mladic fosse encontrado e enfrentasse a Justiça. Esperamos sua transferência para Haia”, completou.
Já Ban Ki-Moon disse que este é um dia histórico para a Justiça internacional. “Essa prisão assinala um passo importante em nossa luta coletiva contra a impunidade. Comemoro os esforços do presidente Tadic e do governo sérvio,” afirmou Ban, que também está na França para participar do G8.
Histórico – Mladic, de 68 anos, era alvo de um mandado de prisão internacional desde 1996. Homem mais procurado da Europa, ele atuou como chefe do Exército da Sérvia durante a guerra da Bósnia. O ex-comandante é acusado por genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). O termo genocídio incorpora todos os crimes cometidos “com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. Este é o delito mais grave reconhecido pelo Direito Internacional, embora seja um dos mais difíceis de serem comprovados.
(Com agências Reuters e France-Presse)