O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que Washington e seus aliados vão aumentar o volume de seus ataques contra o grupo Estado Islâmico (EI), que será atingido “mais forte do que nunca”. Em discurso no Pentágono, Obama disse que o grupo radical perdeu terreno, mas admitiu que os progressos nestas iniciativas militares devem “seguir aumentando”. Segundo ele, mais de 9.000 bombas já foram lançadas pelos EUA contra o grupo, e os ataques foram intensificados no último mês.
Oito dias após um discurso solene no Salão Oval, Obama anunciou que o secretário de Defesa, Ashton Carter, estará a partir desta segunda-feira do Oriente Médio “para trabalhar com parceiros de coalizão para obter mais contribuições militar”. “Esta continua a ser uma luta difícil”, admitiu, observando que os jihadistas estão usando “homens, mulheres e crianças indefesas como escudos humanos”.
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Obama, que se esforça para convencer os americanos dos méritos de sua estratégia contra os jihadistas, falou sobre os progressos realizados ao longo do último mês. “O EI perdeu vários milhares de quilômetros quadrados de território que controlavam na Síria (…) Em muitos lugares, eles perderam sua liberdade de manobra, porque sabem que se reunirem suas forças, vamos eliminá-los”, frisou. “Desde o verão (no hemisfério norte), o EI só foi bem sucedido em uma grande operação, seja no Iraque ou na Síria”, acrescentou.
“Mas estamos cientes de que o progresso deve ser mais rápido”, destacou o líder americano, ressaltando que inúmeros civis iraquianos e sírios vivem sob o reinado do “terror”.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza ataques aéreos no Iraque e na Síria, fazendo esforços para desestabilizar o grupo extremista eliminando seus altos funcionários. “Os líderes do EI não podem se esconder”, alertou Obama.
Segundo uma pesquisa recente, realizada pela CNN/ORC, mais de dois americanos de cada três (68%) julgam que a resposta militar face ao EI não foi suficientemente agressiva e 60% das pessoas entrevistadas desaprovam a forma como o presidente enfrenta a ameaça terrorista.
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(Com AFP)