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Obama defende impostos maiores aos ricos em discurso

Em clima de campanha, presidente americano usou o tradicional discurso sobre o Estado da União para destacar os principais feitos de seu governo

Por Da Redação
25 jan 2012, 01h43

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou na noite desta terça-feira no tradicional discurso sobre o Estado da União, quando se dirige aos membros do Senado e da Câmara dos Representantes, um plano “para construir uma economia duradoura”, que terá entre seus pilares a alta de impostos aos mais ricos e novas medidas no setor energético.

“É hora de aplicar as mesmas regras aos de cima e aos de baixo: sem planos de resgate, presentes ou escapatórias. Os EUA insistem que cada um deve assumir a sua cota de responsabilidades”, afirmou Obama, citando o exemplo da secretária do bilionário Warren Buffett que, proporcionalmente, paga mais impostos que o chefe.

Obama afirmou que todos os americanos devem comportar-se sob as mesmas regras e receber oportunidades iguais, e por isso propôs uma reforma do sistema fiscal de modo que os mais poderosos aumentem sua contribuição. Pelo plano, todos os que tiverem receita anual de mais de 1 milhão de dólares devem contribuir com pelo menos 30% de sua renda. “Chega de subsidiar milionários”, decretou o presidente.

A medida não deixa de ser uma crítica ao pré-candidato republicano Mitt Romney, favorito para enfrentar Obama em novembro, que em 2011 pagou uma taxa de impostos de apenas 15,4% sobre sua renda de 20,9 milhões.

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“O que está em jogo aqui não são valores republicanos nem democratas. São valores americanos”, afirmou Obama, dando um caráter bipartidário à sua proposta.

Energia – O presidente dos EUA defendeu o uso das energias limpas para diminuir a dependência do petróleo e criar mais empregos. “A melhor maneira de economizar dinheiro é gastando menos energia. O desenvolvimento do gás natural irá criar empregos em fábricas mais limpas e baratas, para que não precisemos escolher entre meio ambiente e desenvolvimento”, afirmou.

Iraque – A menos de dez meses das eleições, Obama abriu o discurso destacando dois importantes trunfos políticos de seu governo: o fim da guerra no Iraque e a morte de Bin Laden. “Pela primeira vez, não há americanos lutando no Iraque. Pela primeira vez em duas décadas, Osama bin Laden não é uma ameaça para este país”, disse o presidente, recebendo uma ovação de pé.

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Revoltas no mundo árabe – Obama também lembrou a queda de Kadafi e as revoltas que provocaram mudanças políticas no Oriente Médio em 2011. “Um ano atrás, Kadafi era um dos mais longevos ditadores do mundo. Um assassino com sangue americano em suas mãos. Hoje ele está morto. Na Síria, eu não tenho dúvidas de que o regime de Assad logo descobrirá que as forças da mudança não podem ser revertidas e que a dignidade humana não pode ser negada”, afirmou.

Irã – Outro tema internacional abordado por Obama foi o polêmico programa nuclear do Irã. O presidente destacou as sanções contra o regime de Ahmadinejad, mas não descartou o uso de força caso Teerã prossiga com as tentativas de desenvolver armas atômicas.

“Pelo poder da diplomacia, um mundo dividido sobre como lidar com o programa nuclear iraniano está agora unido. O regime está mais isolado do que nunca e seus líderes são aleijados por sanções”, descreveu Obama. “Mas que não exista dúvida: A América está determinada a impedir que o Irã consiga uma arma nuclear e eu não descartarei opções para atingir esse objetivo”, afirmou, sob aplausos.

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(Com Agências EFE e France-Presse)

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