Washington, 6 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira em entrevista coletiva na Casa Branca que atacar a Síria de forma unilateral seria ‘um erro’.
Depois de parlamentares republicanos terem pedido ataques aéreos americanos contra o regime de Bashar al-Assad, Obama indicou que a situação na Síria é muito mais complicada que na Líbia, onde os EUA apoiaram ataques aéreos no ano passado, quando da revolução contra o então líder Muammar Kadafi. ‘Devemos pensar no que é efetivo e convém a nossa segurança nacional’.
Até o momento, lembrou o presidente, a comunidade internacional não conseguiu mostrar a mesma unidade contra o regime Assad como mostrou no ano passado contra Kadafi.
Enquanto no ano passado os ataques aéreos contra o então regime líbio contavam com o aval do Conselho de Segurança da ONU, neste ano, o órgão não conseguiu aprovar uma resolução que autorizasse qualquer ação contra a Síria, pois Rússia e China usaram seu poder de veto para bloquear um projeto de resolução que condenaria Damasco.
Mesmo assim, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) já impuseram diversas sanções unilaterais contra o regime sírio. Segundo Obama, Assad ‘perdeu toda legitimidade’ e a questão não é sobre quando ele deixará o poder, mas sobre quando.
‘Este ditador cairá como outros ditadores no passado caíram’, exclamou o presidente americano em sua entrevista coletiva, a primeira formal que realiza na Casa Branca desde outubro passado.
A entrevista coletiva desta terça-feira ocorre no mesmo dia em que o Partido Republicano enfrenta a chamada Super Terça, dia das eleições primárias mais importantes, pois estão em jogo dez estados e mais de 400 delegados dos 1.144 necessários para conseguir a candidatura do partido à Presidência dos EUA. EFE