Obama autoriza ataques aéreos contra terroristas no Iraque
Objetivo, disse presidente dos EUA, é proteger americanos e evitar 'atos de genocídio' cometidos por jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante
Por Da Redação
7 ago 2014, 22h45
A situação caótica no Iraque, onde o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), dissidente da Al Qaeda, tem avançado e tomado cidades, instalações elétricas e de fornecimento de água, levou o presidente Barack Obama a autorizar ataques aéreos a alvos ligados aos terroristas no norte do país. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira, em pronunciamento na televisão. Durante sua fala, Obama afirmou que a ação tem entre seus objetivos proteger americanos no país e evitar “atos potenciais de genocídio”, referindo-se às milhares de pessoas que fogem dos jihadistas. Ele frisou que os bombardeios neste último caso ocorrerão “se necessário”.
Os Estados Unidos estavam adiando uma ação militar contra o EIIL até a formação de um novo governo iraquiano que não tenha mais o xiita Nuri al Maliki no cargo de primeiro-ministro. Obama reuniu-se na manhã desta quinta com a equipe de segurança nacional e analisou a possibilidade de realizar ataques contra os jihadistas e também o uso de aeronaves para lançar suprimentos humanitários sobre o Monte Sinjar, onde aproximadamente 40.000 pessoas que fogiram dos terroristas buscaram abrigo. A ajuda humanitária também foi aprovada. Ameaçados de morte por membros do EIIL, os foragidos sofrem com o calor e a falta de comida e água. Cerca de quarenta crianças já morreram na região, segundo o Unicef.
No início da noite desta quinta, o Pentágono negou que forças militares americanas já tenham bombardeado pelo menos dois alvos terroristas no norte do Iraque. “Reportagens dizendo que os Estados Unidos conduziram ataques aéreos no Iraque são totalmente falsas. Nenhuma ação nesse sentido foi tomada”, postou o secretário de imprensa John Kirby em sua página no Twitter, depois que a informação foi divulgada pelo New York Times. O jornal atribuiu a informação a fontes do Curdistão, região no norte do Iraque, e do governo iraquiano. Ainda segundo o NYT, oficiais do Pentágono consideram possível que aliados americanos, sejam militares iraquianos ou turcos, tenham conduzido os ataques. O jornal afirmou ainda que a televisão curda aunciou o que seria o início de uma intervenção dos Estados Unidos, fato que provocou celebrações nas ruas.
O EIIL, dissidente da Al Qaeda, tem avançado no norte do Iraque e tomou a cidade de Qaraqosh, obrigando milhares de moradores cristãos a fugir. Os jihadistas exigem que as pessoas fujam ou se convertam ao Islã, para não serem executadas. Seus militantes estão retirando cruzes em igrejas e queimando manuscritos religiosos, segundo testemunhas. Qaraqosh, tida como a capital cristã do país, está localizada 30 quilômetros a sudeste de Mosul, segunda maior cidade do Iraque, tomada pelo EIIL em junho. Em julho, centenas de famílias cristãs fugiram de Mosul depois de receberem um ultimato para que se convertessem ao islã ou pagassem uma taxa especial de “proteção”.
ONU – Nesta quinta, o Conselho de Segurança da ONU condenou os ataques dos jihadistas e fez um apelo à comunidade internacional para apoiar o governo e o povo do Iraque e “fazer todo o possível para ajudar a aliviar o sofrimento da população afetada pelo conflito”, relatou o embaixador britânico nas Nações Unidas, Mark Lyall Grant.
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