O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu nesta terça-feira a violência na Síria como devastadora, mas indicou que não há uma solução fácil e que a ação militar unilateral seria um erro.
“O que acontece na Síria é devastador e escandaloso, e o que temos visto é a comunidade internacional mobilizando-se contra o regime de Assad”, declarou Obama em uma entrevista coletiva à imprensa na Casa Branca.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, “perdeu a legitimidade de seu povo. E as ações que está efetuando contra a sua própria gente são indesculpáveis”, ressaltou o presidente aos jornalistas.
No entanto, “para nós, efetuar uma ação militar unilateral, como alguns sugeriram, ou acreditar que há uma solução fácil, é um erro”, acrescentou.
Na segunda-feira, o líder republicano John McCain pediu que a Força Aérea dos Estados Unidos efetue bombardeios contra as forças sírias para proteger a população e criar abrigos seguros para os opositores do regime.
“O tempo está se esgotando”, disse McCain, no momento em que as Nações Unidas indica que a violência custou mais de 7.500 vidas no ano passado. McCain acrescentou que “a única maneira realista” de salvar a vida dos civis era com “forças aéreas estrangeiras”.
Mas Obama advertiu que a situação não é a mesma da atravessa pela Líbia, onde os Estados Unidos utilizaram sua força aérea para apoiar a zona de exclusão aérea imposta pela Otan.
Na Líbia, os Estados Unidos “tinham a plena cooperação da região, dos estados árabes, e sabíamos que poderíamos executar (a operação) de forma efetiva em um período relativamente curto de tempo. Esta é uma situação muito mais complicada”, explicou Obama.