O momento das perguntas nos concursos de miss costuma ser uma armadilha para as candidatas. Ainda mais quando os temas passam longe do livro “O Pequeno Príncipe” e vão para terrenos áridos como o combate ao terror. No início deste mês, a candidata da Virginia ao título de Miss Estados Unidos, Courtney Paige Garrett ouviu a seguinte pergunta da general reformada Anne Macdonald: “A selvageria que a ameaça do Estado Islâmico representa para nossa segurança foi demonstrada pelos vídeos horríveis de dois jornalistas e um voluntário sendo decapitados. Qual deveria ser a resposta do nosso país?”
Com apenas vinte segundos para responder, a miss Virgínia foi por este caminho: “Isso é absolutamente ultrajante e alguma coisa definitivamente precisa ser feita, mas não acho que os Estados Unidos devam ser os únicos a fazer algo. Eu acho realmente que é importante para o mundo, para a ONU se unir e decidir qual a melhor coisa que podemos fazer para nos tornarmos uma fonte maior e de mais impacto para acabar com essa coisa terrível que está acontecendo”.
As discussões sobre as ações necessárias para combater a mais brutal organização terrorista em atividade pautaram nos últimos dias os discursos da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Dilma Rousseff condenou o bombardeio americano contra o EI na Síria. Barack Obama disse que “a única língua que assassinos entendem é a força”. Mesmo protocolar, a resposta da miss talvez contribua para o debate.
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