Quando os olhos da Rainha Elizabeth II foram fechados, na tarde desta quinta-feira, 8, seu filho primogênito tornou-se automaticamente o Rei Charles III. E um longo corolário de providências, cuidadosamente estudadas pelo Palácio de Buckingham e pelo governo do Reino Unido, começou a se desenrolar.
A chamada Operação Ponte de Londres, um plano para o momento da passagem da monarca, previa um curto período de doença – não houve tempo para tanto. Também previa a eventualidade de que ela morresse em Balmoral, que é uma de suas residências favoritas.
A Operação Ponte de Londres foi vazada em várias ocasiões. O nome tem a ver com a mensagem em código que seria passada para o primeiro-ministro do Reino Unido e pessoas próximas. Na ocasião da morte, o que seria dito é: “A Ponte de Londres caiu”.
A logística na Escócia, onde fica o Palácio de Balmoral, é diferente. Apelidada de Operação Unicórnio, prevê que o caixão dela permanecerá temporariamente no Palácio de Holyroodhouse, sendo levada para lá por estrada no prazo de 48 horas.
Os planos incluem uma procissão em Edimburgo que terminaria na Catedral de St Giles, com uma missa para a família real. A partir daí, haveria um intervalo de 24 horas, no qual o local seria aberto ao público. De volta a Londres, o caixão deverá ser levado ao Palácio de Buckingham antes da grande procissão cerimonial planejada para o quinto dia após a morte.