O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou nesta quarta-feira, 17, em uma viagem rumo a Hiroshima, no Japão, para participar da cúpula do G7, que ocorre entre os dias 19 e 21 de maio. Primeiro convite do Brasil em 15 anos, a presença do petista foi requisitada pelo primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, através de um telefonema em abril.
Fundado em 1970, o G7 reúne os países mais industrializados do mundo e tem como finalidade a coordenação de estratégias econômicas em escala global. Entre os países integrantes da célebre cúpula estão Japão, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido. Representantes da União Europeia também participam da reunião como membros “não elencados”.
Ao longo da viagem, Lula pretende discutir questões como “segurança alimentar; problemas causados pela inflação e o alto endividamento das nações em desenvolvimento; ações de combate às mudanças climáticas, fortalecimento do sistema mundial de saúde e a guerra na Ucrânia” com autoridades internacionais, segundo o Planalto.
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Com a agenda já definida pelo grupo, Lula integra reuniões no sábado, com temáticas sobre democracia, saúde, meio ambiente e mudança climática, e no domingo, sobre paz, prosperidade e desenvolvimento. O petista se deslocará, ainda, ao Memorial da Paz de Hiroshima junto aos outros chefes de Estado e de governo no último dia do evento.
Acompanhando o chefe de Estado brasileiro, lideranças da Austrália, Ilhas Comores, Ilhas Cook, Indonésia, Índia, Vietnã e Coreia do Sul marcarão presença na cúpula. Os enviados aproveitam, ainda, para debater temas de interesse dos seus países com ministros de diferentes pastas.
Além de um encontro com o premiê japonês, Lula tem outras duas reuniões bilaterais já confirmadas: uma com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e outra com o presidente da Indonésia, Joko Widodo.
Na ocasião em que o convite para a cúpula do G7 foi realizado, Lula e Kishida trataram sobre o conflito na Ucrânia e a situação na Ásia Oriental, passando por China e Coreia do Norte, bem como do desejo de ambas as nações de reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Os acordos econômicos bilaterais também assumiram protagonismo na conversa de 25 minutos. No último ano, o comércio entre os dois países alcançou a marca de US$ 11,9 bilhões (cerca de 58,6 bilhões de reais).