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O peso do eleitorado feminino, jovem e latino a favor de Obama

Questões sociais foram determinantes para mulheres. Republicanos não conseguiram conquistar hispânicos e jovens continuaram com democrata

Por Da Redação
7 nov 2012, 10h01

Mulheres, jovens e latinos foram, mais uma vez, decisivos para a reeleição de Barack Obama nos Estados Unidos. O apoio ao republicano Mitt Romney veio principalmente de eleitores mais velhos, brancos e protestantes.

No caso das mulheres, uma pesquisa realizada nesta terça-feira pela Reuters/Ipsos indicou vitória de Obama com 55% dos votos, contra 43% de Mitt Romney. A diferença de 12 pontos percentuais ficou perto dos 13 pontos alcançados pelo democrata entre as eleitoras na disputa de 2008 com o republicano John McCain.

As questões sociais foram determinantes para manter o apoio feminino a Obama; pesquisas apontaram que quase duas vezes mais mulheres do que homens consideram temas como aborto e casamento gay uma questão importante para determinar a escolha do candidato.

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Ao longo da campanha, os democratas criticaram Romney por mudar de posição sobre o aborto e os direitos contraceptivos desde sua eleição para governador de Massachusetts, em 2002. E também por não apoiar a legislação endossada por Obama que facilita o caminho para que as mulheres questionem na Justiça a discriminação salarial.

Os republicanos também enfrentaram problemas com declarações desastradas de candidatos ao Parlamento sobre o aborto em casos de estupro. Dois candidatos republicanos ao Senado que provocaram mal-estar com suas opiniões sobre o tema acabaram derrotados nas urnas.

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Latinos – O forte apoio dos eleitores hispânicos, o grupo demográfico que cresce mais rápido nos EUA, também foi fundamental para Barack Obama. O apoio ao democrata nesse grupo alcançou 66%, de acordo com pesquisa Reuters/Ipsos no dia da eleição, aproximadamente em linha com a porcentagem que votou a favor dele quatro anos atrás. Considerando-se apenas o decisivo estado da Flórida, o presidente conseguiu uma vantagem de 21 pontos percentuais sobre o adversário. Nacionalmente, a vantagem de Obama chegou a 40 pontos, segundo a rede CNN. O público latino representou 10% do eleitorado total americano este ano.

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O presidente reeleito fez um grande esforço para cortejar os estimados 24 milhões de potenciais eleitores hispânicos, buscando superar algum descontentamento com suas políticas de imigração. Em setembro, Obama disse que “seu maior fracasso” foi a falta de uma ampla reforma da imigração, apesar de sua administração ter lançado um programa em junho que autoriza temporariamente jovens imigrantes sem documentos a se candidatarem para trabalhos.

Os hispânicos são responsáveis por mais da metade do crescimento populacional dos EUA, de acordo com dados do censo de 2010. A população hispânica no sul, uma base republicana, cresceu 57% entre 2000 e 2010 – quatro vezes o crescimento da população geral da região. Quando Obama elencou suas maiores prioridades bipartidárias em seu discurso de vitória, no início da manhã de quarta-feira, “arrumar o sistema de imigração” estava entre elas.

Jovens – Em 2008, o então candidato Obama prometeu estimular os votos dos jovens como nenhum outro candidato havia feito até então. Ele estava certo. Eleitores entre 18 e 29 anos representaram 18% do eleitorado há quatro anos e o democrata conseguiu uma vantagem de 34 pontos percentuais sobre o rival neste grupo. Desta vez, as pesquisas de boca de urna apontam que os jovens dessa faixa etária representaram 19% do eleitorado, e Obama teve 24 pontos de vantagem sobre Romney, indicando uma nova realidade política. Resta saber se os jovens votam na figura de Obama ou se têm uma preferência geral pelo Partido Democrata, pondera o jornal The Washington Post.

(Com agência Reuters)

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