Esqueça American Idol. O que prendeu as pessoas diante da tela na quarta-feira foi o reality show na internet da British Petroleum (BP): o vídeo transmitido ao vivo do vazamento de óleo do solo submarino do Golfo do México. O episódio Top Kill (o grande matador, em tradução literal) oferecia até um final emocionante: pode demorar alguns dias antes de os espectadores saberem se o último esforço para conter o vazamento foi bem sucedido.
“BP oil spill live feed” (algo como o vazamento de óleo da BP ao vivo) saltou para perto do topo da lista de tópicos mais procurados do Google na tarde de quarta-feira (“top kill vídeo” e “oil spill top kill” também estavam na lista). O vídeo com o jorro abundante marrom ondulando sobre um fundo azul profundo da água é popular desde que foi postado pela primeira vez, no dia 18 de maio. A BP afirmou que mais de 300 mil o viram apenas na terça-feira.
Um porta-voz do deputado americano Edward Markey anunciou na quinta-feira que a transmissão ao vivo vai continuar enquanto durarem os esforços para interromper o jorro permanente de milhares de litros de óleo. O aumento do interesse pelo vazamento veio depois que a BP anunciou, na terça-feira, que permaneceria transmitindo ao vivo seus esforços para interromper o fluxo.
A empresa cogitou parar a transmissão, mas decidiu que o show deve continuar. “Eles perceberam que a solução do vazamento afeta o povo americano”, disse Eban Burnham-Snyder, porta-voz do congressista Markey. “O vazamento agora é público e por isso a solução deve se tornar pública também.”
Markey pediu à BP que ofereça todos os ângulos possíveis ao passo que a companhia continua mostrando um ponto de vista por vez, enquanto as tentativas de conter o óleo continuam, incluindo a tubulação de lama usada para prevenir novos vazamentos.