O número total de mortos pela passagem do ciclone Idai pelo sudeste da África subiu para 656, com 750 mil afetados em Moçambique e Zimbábue, os países mais atingidos pela catástrofe, de acordo com novo balanço divulgado pelas autoridades.
Em Moçambique, segundo dados apresentados neste domingo pelo Instituto Nacional de Gestão de Emergências (INGC), já são 446 mortos. Além disso, quase 110 mil pessoas foram resgatadas de áreas muito afetadas pelos fortes ventos e chuvas trazidos pelo Idai.
As últimas vítimas foram localizadas no distrito de Nhamatanda, onde uma inundação surpreendeu milhares de pessoas no último dia 16 de março, destruindo boa parte da principal estrada que ligava a região ao resto do país. A cidade de Beira, a terceira maior de Moçambique, ficou totalmente sem comunicação.
O INGC também elevou o número de pessoas diretamente afetadas pela passagem do ciclone Idai para 518 mil. Entre elas estão os resgatados pelas equipes de emergência locais e internacionais.
Já os governos do Zimbábue e de Malawi elevaram o número de mortos na tragédia para 154 e 56, respectivamente. Desta forma, o balanço parcial nos três países mostra que 656 pessoas perderam a vida devido à passagem do ciclone pelo sudeste da África.
“Espera-se que o número total (de mortos) aumente à medida que áreas que estão incomunicáveis passem a ser acessíveis”, explicou o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A passagem do Idai afetou 250 mil pessoas no Zimbábue, sobretudo nos distritos de Chimanimani e Chipinge, de acordo com a ONU.
Segundo a Organização Internacional de Migrações, há 500 pessoas desaparecidas em Rusit Valley, em Chimanimani.