Novo papa deve assumir impulso de Bento XVI para atrair fiéis
Secretário do Conselho Pontifício da Nova Evangelização aponta formas de reverter a perda de seguidores. "É necessário que haja proximidade"
Por Gabriela Loureiro, de Roma
3 mar 2013, 07h34
Promover ajustes na liturgia para atrair seguidores pode ser uma forma de lidar com um dos motivos de inquietação para a Igreja Católica, a perda de fiéis. O arcebispo colombiano monsenhor Octavio Ruiz Arenas, secretário do Conselho Pontifício da Nova Evangelização do Vaticano, considera que, respeitando-se o que é fundamental, é possível chamar mais a atenção dos jovens. Em entrevista ao site de VEJA, monsenhor Arenas, que trabalhou mais de uma década com Joseph Ratzinger, diz esperar que o futuro papa “assuma o impulso de Bento XVI à nova evangelização”.
“Acredito que o papa que for eleito deve assumir o impulso de Bento XVI à nova evangelização. As igrejas dos cinco continentes pedem a nova evangelização. Esperamos que a primeira coisa que o papa faça seja uma instrução nesse sentido. Deve apresentar Cristo como a resposta e a esperança para o mundo de hoje. E que não tenha medo de falar da vida eterna, que tenha gosto para trabalhar, para se sacrificar neste momento”, avalia.
Monsenhor Arenas considera que o sucessor de Joseph Ratzinger – com quem trabalhou ao longo de 11 anos – deve entender o funcionamento interno da Cúria Romana, mas também os desafios que o mundo apresenta à sociedade. “Tem de estar muito aberto ao mundo, ouvir as ansiedades e as queixas das pessoas, e poder lhes dizer com um profundo espírito evangélico as respostas e essas inquietudes. O perfil será esclarecido aos poucos em meio à oração dos cardeais para encontrar a pessoa que tem tudo isso”, disse, em relação ao conclave que elegerá o novo pontífice.
Novo núncio apostólico – Como arcebispo colombiano, ele também comentou a transferência do subsecretário de estado do Vaticano Ettore Balestrero para a Colômbia, como núncio apostólico. A mudança foi considerada oficialmente uma promoção. De fato, Bogotá é um dos postos de maior prestígio na América Latina, por ser a sede do Celam (Conselho Episcopal Latino-americano), responsável por todas as conferências de bispos no continente.
Monsenhor Arenas considera que a transferência está relacionada apenas ao trabalho desenvolvido por Ballestero no Vaticano. “Muitas vezes a imprensa fala de coisas supondo que uma pessoa, por ter ligação com outra, pode estar metida em algo. Nós não ficamos sabendo disso, acho que não tem nada a ver essa especulação. Isso já aconteceu antes com arcebispos transferidos à Colômbia, que é considerado um país importante devido ao número de fiéis, mas isso só tem a ver com seu trabalho no Vaticano.”
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