Cairo, 9 dez (EFE).- Ao menos 32 pessoas morreram nesta sexta-feira na Síria, entre elas sete menores e quatro soldados desertores, na repressão das forças de segurança às manifestações convocadas em todo o país contra o regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
Os opositores Comitês de Coordenação Local informaram em comunicado sobre a morte de 18 pessoas em Homs (centro), cinco em Idleb (norte), quatro em Hama (centro), três nos arredores de Damasco e duas em Deraa (sul).
A ofensiva das forças leais ao regime voltou a concentrar-se na cidade de Homs, um dos principais feudos da oposição e que, segundo a organização Human Rights Watch (HRW), foi alvo de crimes contra a humanidade desde que começou em meados de março a revolta contra Assad.
Entre os mortos em Homs há duas mulheres. A maioria dos óbitos ocorreu por disparos das forças de segurança e do Exército, presentes em algumas zonas da cidade.
Com relação aos soldados dissidentes mortos, os Comitês não especificaram as circunstâncias de suas mortes, mas sabe-se que na província de Idleb os confrontos entre as tropas regulares e desertores são frequentes.
As informações sobre as mortes na Síria não podem ser confirmadas devido ao bloqueio ao trabalho da imprensa feito pelo Governo.
Desde meados do mês de março, quando começaram os protestos populares contra do regime de Assad, mais de 4 mil pessoas morreram na repressão das forças de segurança, segundo dados das Nações Unidas. EFE