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Novo ataque do Boko Haram mata centenas na Nigéria

Terroristas chegaram usando roupas militares e confundiram as vítimas

Por Da Redação
5 jun 2014, 10h25

Combatentes do grupo terrorista islâmico Boko Haram, vestidos com roupas militares, mataram pelo menos 200 civis em três vilas do nordeste da Nigéria. O Exército não conseguiu intervir no massacre, embora tenha sido avisado de que o ataque era iminente, afirmaram testemunhas nesta quinta-feira. Um líder comunitário, que testemunhou os assassinatos ocorridos na segunda-feira, relatou que os moradores do distrito de Gwoza, no estado de Borno, haviam pedido aos militares que enviassem soldados para proteger a área, depois de ouvirem que os extremistas planejavam um ataque, mas nada foi feito. Os assassinatos aconteceram nas vilas de Danjara, Agapalwa e Antagara.

“Todos pensamos que eles eram soldados, já que anteriormente informamos que os insurgentes poderiam nos atacar”, disse um líder comunitário que escapou ao fugir para Maiduguri, capital de Borno. Os extremistas chegaram em picapes Toyota Hilux, geralmente usadas pelos militares, e disseram aos civis que eram soldados e que “estamos aqui para proteger a todos”. Foi a mesma tática usada pelo grupo ao sequestrar mais de 200 meninas de uma escola da cidade de Chibok no dia 15 de abril.

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Após as pessoas se reunirem no centro da vila, como ordenaram os falsos militares, “eles começaram a gritar ‘Allahu Akbar, Allahu Akbar’ [Deus é grande, Deus é grande] e passaram a atirar nas pessoas por um longo período, até que todos estivessem mortos”, disse a testemunha, que não quis se identificar por temer por sua segurança. Os assassinatos foram confirmados por Mohammed Ali Ndume, senador por Borno, e por um importante oficial de segurança em Maiduguri, que pediu para não ser identificado porque não tem autorização para falar com meios de comunicação.

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Foram necessários alguns dias até que os sobreviventes conseguissem informar a capital Maiduguri a respeito dos massacres porque a viagem pelas estradas é extremamente perigosa e a conexão por telefone é muito ruim ou inexistente. O líder comunitário não foi atingido porque “eu estava circulando para informar as pessoas de que os soldados haviam chegado e queriam falar conosco”, disse ele.

Saiba mais: Boko Haram, o terror que ameaça a maior economia da África

Militantes do Boko Haram, expressão que significa “a educação ocidental é um pecado”, querem estabelecer um Estado islâmico na Nigéria. Eles vêm tomando o controle de vilas no norte e nordeste do país, matando e aterrorizando civis e líderes políticos, um ano depois de uma ofensiva militar que teve como meta acabar com o grupo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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