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Novas ligações indicam complô contra Strauss-Kahn

Funcionários do governo francês ofereceram dados de DSK a promotor

Por Da Redação
9 dez 2011, 10h32

A revelação de duas ligações de funcionários do governo de Nicolas Sarkozy ao promotor do caso de Dominique Strauss-Kahn informando sobre escândalos sexuais do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) reanima a teoria sobre um complô na França.

Entenda o caso

  1. • Em 14 de maio, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso, acusado de abuso sexual pela camareira de um hotel de luxo de Nova York. Uma semana depois, foi colocado em prisão domiciliar.
  2. • Como consequência do escândalo, foi obrigado a renunciar à chefia do FMI e à candidatura à Presidência da França em 2012 – para a qual era um dos favoritos.
  3. • Um mês depois, porém, o caso sofre uma reviravolta: promotores passam a duvidar da credibilidade da vítima, que mentiu nos depoimentos, e DSK ganha liberdade condicional.
  4. • No dia 23 de agosto de 2011, um juiz em Nova York decide retirar todas as acusações contra ele, encerrando o caso.

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O jornal Liberation informou que funcionários do Ministério da Justiça e de Relações Exteriores da França ligaram ao promotor Cyrus Vance um dia após a camareira Nafissatou Diallo apresentar sua denúncia contra Strauss-Kahn, o que teria impedido a sua liberdade imediata. Nessas conversas, que o diário menciona após consultar três fontes diferentes não reveladas, trabalhadores da administração francesa sob controle da União por um Movimento Popular (partido do presidente Nicolas Sarkozy) ofereceram a Vance outros dados sobre DSK.

De acordo com o jornal, foram transmitidas informações sobre a denúncia de agressão sexual do socialista francês à jornalista Tristane Banon em Paris e a suspeita do envolvimento de DSK com uma rede de prostituição em um hotel da cidade de Lille, na França. As revelações, de acordo com este jornal francês de esquerda, chegaram rapidamente de Paris a Nova York e dificultaram as negociações dos advogados de Strauss-Kahn para que ele não precisasse ficar preso.

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Vídeo – A revelação sobre as ligações acontece um dia após a divulgação de um vídeo colaborar um pouco mais com a teoria da conspiração, que nas últimas semanas ressuscitou o escândalo. A sequência, gravada pelas câmeras de segurança do hotel, mostra DSK pagando sua fatura na recepção e deixando o local. Depois, a camareira relata a suposta agressão ao engenheiro-chefe do Sofitel e a um guarda de segurança.

Após escutar sua história, eles chamam a polícia para comunicar sobre a suposta agressão e passam a um cômodo diferente, onde se abraçam e dançam durante quase 12 segundos, no que parece ser uma celebração espontânea. Inicialmente, os responsáveis pelo grupo francês Accor, matriz da rede Sofitel, atribuíram a celebração de seus empregados a um resultado esportivo. Entretanto, o único grande evento esportivo naquele dia nos Estados Unidos foi uma partida de baseball entre o Red Sox de Boston e o New York Yankees, que terminou várias horas depois da captura das imagens pelas câmeras de segurança.

Justificativa – Em sua nova versão, o grupo assegura que os empregados não lembram a razão de estarem tão contentes após informar à polícia sobre a suposta agressão sexual e criticam as teorias “mal-intencionadas e infundadas” de que os vídeos demonstram “o envolvimento de Accor em um complô não fazem sentido”. “Os funcionários são incapazes de lembrar o motivo dessa cena”, explica o secretário-geral da Accor, Pascal Quint. Quint acrescenta que, de acordo com a investigação desenvolvida na rede hoteleira, os funcionários estavam “aliviados ao ver que a Polícia foi chamada e que o hotel fez as coisas seguindo as normas após a agressão”.

(Com agência EFE)

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