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Nova York testa novo normal com abertura parcial da Estátua da Liberdade

Casos de Covid-19 diminuem e cidade entra na fase 4 da reabertura, com espaços públicos voltando a funcionar

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jul 2020, 19h52 - Publicado em 20 jul 2020, 19h39
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  • Antes acostumada a receber 10.000 visitantes por dia, a icônica ilha onde está localizada a Estátua da Liberdade reabriu suas portas para modestos 20 turistas nesta segunda-feira, 20, como parte do início da Fase 4 do plano de reabertura da cidade de Nova York devido à pandemia de Covid-19.

    Apesar da permissão para reabertura da ilha, o Museu da Estátua da Liberdade e o próprio monumento continuarão fechados, à medida que ainda não se enquadram nas regras delimitadas pelas autoridades locais. Para os visitantes, resta apenas observar de fora de uma pequena cerca a estátua de 92,9 metros, sem interações.

    “Na verdade, não há ninguém aqui. Quando viemos na barca, éramos os únicos”, disse Carlos Macías, morador do estado vizinho de Nova Jersey, que decidiu levar a esposa e a filha para conhecerem o monumento.

    Para reabrir, a ilha teve que se adaptar às diretrizes: as barcas precisam levar menos turistas, serviços de limpeza passam pelas barcas com mais frequência e o uso de máscaras é obrigatório. Também foram instalados pontos de distribuição de álcool em gel. 

    “Quando nos foi notificado que os museus foram excluídos da Fase 4 do plano de reabertura, rapidamente nos movimentamos para ajustar nosso plano”, disse o superintendente do Monumento Nacional da Estátua da Liberdade e da Ilha de Ellis, John Piltzecker. 

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    A cidade de Nova York, considerada junto ao nordeste dos Estados Unidos o epicentro da pandemia do coronavírus no país, não registra aumentos significativos de novos casos por dia desde a segunda metade de maio. Isso fez com que, na sexta-feira, fosse anunciado um novo plano para o retorno à normalidade. 

    Na cidade já são mais de 22.882 mortes, com 226.388 casos confirmados. Em todo o estado, o número total de mortos é de 32.882.

    Embora a curva tenha sido achatada, o governador Andrew M. Cuomo e o prefeito Bill de Blasio deixaram claro que a cidade ainda terá mais restrições que o restante do estado. Os quatro zoológicos e o jardim botânico da cidade também entraram na lista de permissões, mas museus, como o Guggenheim e o Museu de Arte Moderna (MoMA) seguem fechados. Bares e restaurantes podem operar, mas apenas em áreas externas.

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    O governador anunciou também na sexta-feira uma confusa diretriz para restaurantes: bebidas alcoólicas só podem ser vendidas se acompanhadas de um “item de comida”. Donos de restaurantes passaram a incluir itens básicos, como sanduíches de queijo ou cachorros-quentes, para se encaixarem na ordem. Houve quem se rejeitasse a pagar. 

    “Tive um bom cliente que foi embora hoje porque não queria comprar nenhuma comida”, disse Wade Hagenbart, dono de um estabelecimento no Brooklyn, ao New York Times. “Bom, que seja. Não tivemos escolha”. 

    A nova restrição foi imposta porque, segundo Cuomo, inspetores do estado encontraram diversos casos de pessoas que não cumpriam as ordens, especialmente em bares e restaurantes. De acordo com Jake Sterne, porta-voz do governador, quase 10% dos estabelecimentos da parte sul da cidade não cumpriram as regulamentações de combate à pandemia. 

    Apesar da reabertura gradual, o clima é de incerteza entre os agentes políticos devido aos números de outros estados que ainda não acharam suas curvas e não impuseram restrições tão firmes.

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