Ativista foi acusada de “impor sua própria justiça” ao desembarcar no aeroporto de Tel Aviv
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A vencedora do Nobel da Paz de 1976, a norte-irlandesa Mairead Maguire, foi deportada de Israel. Ela estava presa havia mais de uma semana, acusada de entrar ilegalmente no país. No início de junho, a própria Mairead assinou um documento que a proibia de viajar a Israel por dez anos, depois de chegar ao porto de Ashdod a bordo de um comboio humanitário que pretendia romper o bloqueio a Gaza. O grupo foi abordado violentamente pela Marinha.
Nesta terça-feira, ela foi colocada em um voo para Dublin, em cumprimento da sentença ditada na segunda-feira pelo Tribunal Supremo israelense – que rejeitou seu pedido de permanência para participar de um projeto de mulheres pacifistas no país. Ela tinha previsto liderar uma iniciativa de paz junto à também Nobel Jody Williams, premiada em 1997.
Para a presidente da corte, Dorit Beinish, e outros dois juízes, Mairead tentou “impor sua própria justiça” quando desembarcou no aeroporto de Tel Aviv, apesar da ordem de proibição. Durante a audiência, a ativista disse que a intenção de sua viagem era “parar o apartheid e o bloqueio a Gaza“. A declaração foi interrompida por um dos juízes, rebatendo que a sala do tribunal “não é lugar para propaganda”.
As autoridades israelenses também criticaram o fato de ela não ter recorrido, antes de chegar ao país, aos mecanismos legais que tem à disposição para conseguir que a proibição fosse cancelada. Assim, os magistrados decidiram não intervir na ação da polícia para expulsá-la do país.
(Com agência EFE)