Netanyahu diz que viagem à América Latina é um ‘grande passo’
Viagem histórica do premiê israelense à região não inclui o Brasil
A primeira viagem de um chefe de Governo de Israel à América Latina “é um grande passo” para o país em suas relações com o restante do mundo, destacou nesta quarta-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que começará uma rápida excursão latino-americana no dia 11 de setembro.
“A América Latina é um bloco de países gigantescos que ainda não visitamos”, disse Netanyahu em uma celebração pelo Ano Novo judeu (Rosh Hashaná) durante a qual comemorou o bom rumo do país no estabelecimento e consolidação de laços diplomáticos.
Entre 11 e 15 de setembro, Netanyahu passará por Argentina, Colômbia e México. Nesse período, também terá uma reunião com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, em Buenos Aires.
Após essa viagem, Netanyahu irá aos Estados Unidos, onde se reunirá com o presidente americano, Donald Trump, e participará da Assembleia Geral da ONU em Nova York, na qual pronunciará um discurso, no dia 18.
Netanyahu, que também ocupa a liderança do Ministério de Relações Exteriores de Israel, aproveitou a sua viagem à América Latina para apontar que as relações de seu país com o mundo estão melhorando gradualmente.
“A ideia era que se pactuássemos (a paz) com os palestinos, algo que queríamos e queremos, o mundo se abriria a nós. Não há dúvidas que ajudará, mas o mundo se abriu inclusive sem isso”, disse Netanyahu sem menosprezar “a importância” da diplomacia “e a normalização” de relações.
Na opinião de Netanyahu, esta atmosfera favorável se deve a duas questões: “cultivar como política a força econômico-tecnológica e cultivar a força da inteligência militar, uma combinação que dá poder diplomático”.
Netanyahu apontou que a aliança de Israel com Estados Unidos e Canadá é “mais forte que nunca”, comemorou os vínculos estabelecidos com Europa, África e Ásia, estes dois últimos reforçados recentemente, e destacou os avanços em andamento com países muçulmanos.
Argentina
A visita à Argentina acontece 25 anos depois do atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992, que deixou 29 mortos e 220 feridos. Em 1994, outras 85 pessoas morreram e 300 ficaram feridas em um ataque a uma mutualista judaica. Netanyahu participará de cerimonias em homenagem às vitimas das duas tragédias.
Os atentados provocaram uma forte comoção entre a comunidade judaica argentina, a maior da América Latina, com cerca de 300.000 membros.
(com EFE e AFP)