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Netanyahu critica abstenção e cancela ida de delegação israelense aos EUA

Decisão de primeiro-ministro israelense foi anunciada depois de aprovação no Conselho de Segurança de resolução que pede trégua em Gaza

Por Da Redação
Atualizado em 25 mar 2024, 17h20 - Publicado em 25 mar 2024, 15h53

Logo após a primeira resolução de cessar-fogo em Gaza ter sido aprovada no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira, 25, que não vai mais enviar uma delegação aos Estados Unidos, já que o país não vetou a proposta durante a reunião. Em um comunicado, o premiê afirmou que a medida é um fracasso de Washington de não bloquear o pedido de trégua, afirmando ser também um “recuo claro” da sua posição anterior, prejudicando os esforços da guerra contra  o grupo militante palestino Hamas.

“À luz da mudança na posição americana, o primeiro-ministro Netanyahu decidiu que a delegação não partiria”, disse o seu gabinete.

Nesta segunda, o Conselho de Segurança votou a favor de um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas, assim como a libertação imediata de todos os reféns. Diferentemente de outras vezes, os EUA não usaram poder de veto, preferindo se abster durante a votação. Entretanto, a Casa Branca informou que a abstenção dos EUA não reflete necessariamente uma mudança na política americana.

A delegação que seria enviada a Washington iria discutir a operação militar israelense em Rafah, cidade no sul de Gaza onde mais de 1,5 milhão de palestinos estão refugiados. Na semana passada, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, viajou pela sexta vez ao Oriente Médio para tentar negociar uma trégua na guerra e impedir a invasão a Rafah. Apesar dos constantes alertas sobre uma “catástrofe humanitária” caso o ataque seguisse para o sul de Gaza, Netanyahu respondeu que iria atacar a cidade com ou sem o apoio dos EUA.

Em resposta ao primeiro-ministro, o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que a decisão é “infeliz” e que os EUA iriam continuar levantando suas preocupações sobre as políticas de Israel como parte das discussões em curso entre os dois governos.

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“É decepcionante. Estamos muito desapontados por eles não virem a Washington para nos permitir ter uma conversa com eles sobre alternativas viáveis ​​à entrada em Rafah”, comentou Kirby. “Nada mudou na nossa opinião de que uma grande ofensiva terrestre em Rafah seria um grande erro”, acrescentou.

De acordo com ele, as discussões entre o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, e Blinken cobririam os mesmos pontos que a equipe dos EUA planejava levantar com a delegação. Em Israel, o líder da oposição parlamentar, Yair Lapid, acusou Netanyahu de tentar desviar a atenção de uma ruptura na sua coligação devido a uma lei de recrutamento militar em detrimento dos laços com os EUA.

“É uma irresponsabilidade chocante de um primeiro-ministro que perdeu o controle”, escreveu Lapid na plataforma de mídia social X, antigo Twitter.

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