Netanyahu apoia ‘posição firme’ dos EUA de reforçar sanções contra o Irã
Os EUA defenderam a imposição de "uma pressão financeira sem precedentes ao regime iraniano" para inviabilizar o programa nuclear de Teerã
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apoiou “a posição firme” do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, de reforçar as sanções contra o Irã e pediu para que todos os países sigam “a liderança americana”.
Nesta segunda-feira (21), Netanyahu elogiou a mudança de política realizada pelo presidente americano, Donald Trump, “não só em relação a Jerusalém, mas também ao Irã”.
“Se perguntar à maioria dos governos e aos líderes no Oriente Médio qual é a principal barreira para a paz e a maior ameaça a nossa segurança, eles diriam três coisas: Irã, Irã e Irã”, declarou o chefe de governo israelense.
De acordo com Netanyahu, se o Irã quisesse um programa nuclear pacífico não teria escondido os arquivos que ele mostrou no início deste mês. Uma semana depois, os Estados Unidos confirmam sua saída do pacto nuclear assinado em 2015 entre o Irã e seis países.
“O Irã não destruiu o seu protótipo, o Irã o escondeu, mentiu sobre ele, o movimentou de um lugar para outro porque está buscando armas nucleares”, denunciou.
“Duras sanções e o Irã deveria sair da Síria. Acreditamos que é a política correta, acreditamos que é a única política que pode finalmente garantir a segurança no Oriente Médio e a paz na região”, defendeu o chefe de governo israelense.
Pompeo defendeu nesta segunda-feira a imposição de “uma pressão financeira sem precedentes ao regime iraniano” e advertiu a Europa que as companhias que fizerem negócios no Irã deverão “prestar contas” e enfrentar penalizações econômicas.
O JCPOA (sigla em inglês do acordo nuclear) foi assinado em 2015 entre Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha). Seu objetivo é limitar o programa atômico de Teerã em troca da suspensão das sanções internacionais.
Trump anunciou em 8 de maio que os EUA sairiam desse acordo nuclear com o Irã e voltariam a impor sanções contra o país, que começarão a ser aplicadas a partir de agosto e novembro.
(Com EFE)