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‘Não haverá vencedores’ em caso de guerra entre Rússia e Otan, diz Putin

Fala de presidente se dá em meio à chegada de navios ao mar Mediterrâneo para maiores exercícios do país desde colapso da União Soviética, em 1991

Por Da Redação Atualizado em 8 fev 2022, 11h50 - Publicado em 8 fev 2022, 08h46

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou na segunda-feira, 7, que “não haverá vencedores” no caso de uma guerra do país com a Organização do Tratado do Atlântico Norte, principal aliança militar ocidental. De sua parte, o mandatário afirmou que “faremos tudo para encontrar compromissos que satisfaçam todos”.

“Se uma guerra eclodir, não haverá vencedores. Eles nem terão tempo para piscar os olhos”, declarou Putin durante uma entrevista coletiva no Kremlin, citando arsenal nuclear, depois de mais de cinco horas de negociações com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Segundo o líder russo, a Otan e os Estados Unidos ignoraram a exigências de Moscou por garantias de segurança, incluindo a não expansão da organização, e irá pressioná-las por um comprometimento firme.

Além das negociações com líderes ocidentais, a fala de Putin se dá em meio à chegada ao mar Mediterrâneo de mais três navios russos para os maiores exercícios navais do país desde o colapso da União Soviética, em 1991. Antes, no dia 4, a Marinha russa informou que seis de seus navios já haviam atracado no porto de Tartus, Síria, onde há uma base naval russa.

No total, os exercícios navais, liderados pelo chefe do Estado-Maior da Marinha, Nikolai Yevmov, envolverão mais de 140 navios e quase 10.000 soldados, e serão realizados tanto em águas territoriais quanto internacionais. Além do Mediterrâneo, as manobras serão realizadas também nos mares do Norte e Okhotsk, no oceano Pacífico e na parte nordeste do Atlântico.

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O objetivo dos exercícios é “a defesa dos interesses nacionais russos nos mares” e também “a luta contra as ameaças militares” ao país, segundo a Marinha russa. O país, no entanto, nega que as atividades representem uma “escalada” e um prelúdio para uma invasão da Ucrânia por terra, ar e mar.

Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou os Estados Unidos e a Otan de tentar empurrar a Rússia para uma guerra, mesmo esperando que os diálogos continuem. Autoridades do governo americano acreditam que Putin ainda não tomou a decisão de invadir, porém esperam que isso possa acontecer nas próximas semanas. 

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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Os Estados Unidos ameaçam a Rússia, prometendo uma “forte resposta” caso o exército russo invada a Ucrânia. Moscou, do outro lado, negou planos de invadir o país vizinho, mas há intensa movimentação militar na região.

As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos russos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia, enquanto a avaliação mais recente do Ministério da Defesa ucraniano diz que a Rússia já enviou mais de 127.000 soldados à região.

Putin afirma que uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. Segundo ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

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