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Na Otan, Trump diz que aliados prometeram aumentar gastos com defesa

Presidente americano vinha chamando de "injusto" diferença nos gastos proporcionais com defesa entre seu país e outros membros

Por Redação
12 jul 2018, 12h23
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  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou uma vitória pessoal conquistada durante uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) hoje, dizendo que os aliados aumentaram consideravelmente seus compromissos com os gastos de defesa depois que ele provocou uma crise com sua repreensão a líderes europeus.

    “Eu disse às pessoas que ficaria muito infeliz se elas não aumentassem seus compromissos”, disse um Trump radiante a repórteres após o segundo dia da reunião em Bruxelas, durante o qual líderes da Otan se aproximaram do presidente americano para tentar resolver a crise.

    “Eu demonstrei a eles que estava extremamente infeliz”, disse, mas acrescentando que as conversas terminaram nos melhores termos: “Tudo se encaixou no final. Foi um pouco duro durante certo tempo”.

    Autoridades presentes à reunião disseram que Trump chocou muitos dos presentes e rompeu com o protocolo diplomático se dirigindo à chanceler alemã, Angela Merkel, pelo primeiro nome, dizendo: “Angela, você precisa fazer algo a respeito disso”.

    Quando indagado sobre sua insinuação de deixar a Otan, Trump disse acreditar que poderia fazê-lo sem aprovação do Congresso, mas que “não é necessário”.

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    Ao invés disso, afirmou, os outros 28 aliados concordaram em aumentar seus gastos com defesa mais rapidamente para cumprir a meta da própria Otan de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada membro em alguns anos. O compromisso atual é chegar a 2% até 2024, mas com termos condicionais que permitiriam a alguns adiar este prazo para 2030.

    Trump enfatizou que o orçamento da Otan tem sido injusto com os Estados Unidos, mas que agora tem certeza de que será justo. Os aliados elevarão os gastos em 33 bilhões de dólares ou mais, acrescentou.

    Ele também disse que gastos com defesa da ordem de 4% – semelhantes aos do nível americano – seriam o correto.

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    “Temos uma Otan muito poderosa, muito forte, muito mais forte do que era alguns dias atrás”, disse. Citando o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, ele disse: “O secretário Stoltenberg nos dá todo o crédito, quer dizer a mim, acho, neste caso, todo o crédito. Porque eu disse que era injusto”.

    Ele reconheceu que o dinheiro investido pelos aliados em Defesa será gasto adequadamente e admitiu que alguns países da Otan são muito ricos e outros nem tanto, mas que a estes Washington está disposto a ajudar a comprar equipamento militar.

    “Os Estados Unidos fazem, de longe, o melhor equipamento militar no mundo, os melhores aviões, os melhores mísseis, as melhores pistolas”, declarou, ao insistir que o equipamento da primeira potência mundial é “muito melhor do que qualquer outro”.

    Além de Merkel, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o premiê belga, Charles Michel, foram destacados por Trump por ficarem aquém da meta de gastos.

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    (Com Reuters e EFE)

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