Na corte, Assange espera evitar extradição para a Suécia
Tribunal britânico deverá marcar uma audiência decisiva ainda nesta terça-feira
Preso nesta terça-feira, em Londres, Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, seria levado a uma corte britânica dentro de poucas horas, segundo informações da imprensa local. Se o tribunal considerar válido o pedido de prisão – feito pelas autoridades da Suécia e repassado no âmbito da União Europeia -, a Justiça marcará a data de uma nova audiência sobre o processo – mas isso poderá demorar algumas semanas, talvez até meses. Assange corre o risco de ser extraditado.
Um pedido de prisão anterior tinha imprecisões que o tornaram inválido, fazendo com que Assange ganhasse algum tempo a mais. Seu grande objetivo é evitar a extradição para a Suécia. A decisão está nas mãos do tribunal de Westminster – e, se depender do histórico do tribunal, a briga judicial pode durar muito tempo. A mesma corte vem tratando da extradição do hacker Gary McKinnon aos EUA há anos – o caso se estendeu por causa de vários recursos judiciais.
Para complicar a situação de Assange, porém, o país que pediu sua prisão também faz parte da União Europeia. Nesse caso, pode entrar em funcionamento o sistema de “via rápida” de prisões e extradições, que se baseia no fato de a Justiça desses países ter padrões equivalentes, garantindo processos teoricamente justos. Se a acusação de um país é considerada válida e legítima por outro, restam pouquíssimas opções para um suspeito conseguir evitar uma extradição ao vizinho.