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Musa do neorrealismo italiano, Gina Lollobrigida completa 85 anos

Por Da Redação
4 jul 2012, 23h09

Sofía Diezma.

Roma, 4 jul (EFE).- A atriz italiana Gina Lollobrigida, musa do neorrealismo italiano e símbolo sexual da época dourada de Hollywood, com filmes como ‘O Diabo Riu por Último’ – protagonizado junto a Humphrey Bogart e com roteiro de Truman Capote -, completa nesta quarta-feira 85 anos de uma vida marcada por uma forte vocação artística.

Nascida em Subiaco (a 70 quilômetros de Roma) em 4 de julho de 1927, Gina sofreu uma infância marcada pelo pós-guerra e estreou no cinema após começar seus estudos artísticos e ficar conhecida no concurso Miss Itália em 1947, vencido por Lucía Bosé.

Desde o início da carreira, a atriz foi muito admirada por sua sensualidade e ganhou o apelido de ‘maggiorata’, que foi o termo utilizado para designar as voluptuosas atrizes italianas dos anos de 50 e 60 que deslumbravam o público dentro e fora das telas, tendo Gina e Sophia Loren entre suas maiores representantes.

No entanto, a atriz também conhecida como ‘Lollo’ manteve sempre uma personalidade forte e determinada, e não abandonou as inquietações artísticas de sua adolescência, o desenho e a fotografia, ramos em que teve uma carreira paralela à trajetória cinematográfica.

Entre seus primeiros filmes estão ‘Cuori Senza Frontiere’ (1950), de Luigi Zampa; ‘Achtung! Banditi!’ (1951), de Carlo Lizzani; e ‘Altri Tempi’ (1952), de Alessandro Blasetti, com os quais passou a ser conhecida fora das fronteiras italianas.

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Gina saiu de seu país pelas mãos do francês Christian-Jaque e estrelou filmes de todos os gêneros que a tornaram muito popular na França, como ‘Le Grand Jeu’ (1954), em que atuou junto a Jean-Claude Pascal, e ‘La Legge’ (1959), ao lado de Yves Montand.

Durante esse período, Gina também trabalhou em outras produções italianas, como ‘Pane, Amore e Gelosia’ (1954), de Luigi Comencini, no qual interpretava uma jovem que sacudiu a monótona vida de uma remota localidade dos Abruzzos ao iniciar um romance com um ‘carabineiro’ recém-chegado, interpretado por Vittorio de Sica.

Em sua filmografia de mais 60 obras, também há aqueles que não alcançaram a fama, apesar da beleza da atriz, como aconteceu em ‘A Mulher Mais Linda do Mundo’ (1955), de Robert Z.Leonard.

Como sua compatriota Sophia Loren, com quem ‘Lollo’ teve grande rivalidade, a atriz fez parte desse grupo de belas atrizes italianas que fizeram carreira na época dourada de Hollywood, um momento em que os contratos de exclusividade que as grandes companhias cinematográficas impunham a suas estrelas semeavam sombras em um panorama aparentemente passageiro.

Foi nos Estados Unidos onde Gina contracenou com Frank Sinatra em ‘Quando Explodem as Paixões’ (1959) e interpretou a comédia romântica ‘Quando Setembro Vier’ (1961), em que mostrava ao mundo, ao lado de Rock Hudson, uma Itália despreocupada e alegre sob a direção de Robert Mulligan.

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A beldade italiana participou daquelas produções americanas filmadas em solo espanhol durante a época franquista, com ‘Salomão e a Rainha de Sabá’, gravado em 1959, um reflexo da moda meio exótica e meio histórica de filmes como o grande sucesso ‘Cleópatra’, de 1963.

Sua paixão pela fotografia levou-a a retratar durante dois anos e meio paisagens e pessoas de toda a Itália, imagens com as quais elaborou o livro ‘Italia mia’.

Nos anos 80, Gina participou da popular série americana ‘Falcon Crest’ e, pouco depois, também interpretou papéis em telenovelas como a argentina ‘Milagros’, produzida pelo conglomerado italiano de Silvio Berlusconi, Fininvest, e que abandonou por supostas divergências com seus colegas de elenco.

Nos últimos anos, Gina lançou-se na carreira política e foi nomeada embaixadora da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) em 1999.

Sem deixar de lado sua vocação artística, em 2003 expôs 38 esculturas de mármore e bronze no Museu de Belas Artes ‘Pushkin’ de Moscou, e seu talento neste ramo foi reconhecido por personalidades do mundo da arte.

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No plano sentimental, a vida da atriz está à altura das lendas do papel couché: após um casamento – no qual teve seu filho Mirko – e vários romances, Gina, que chegou a declarar que ‘nenhum homem’ a tinha amado de verdade, planejou se casar novamente, em 2006, com o empresário espanhol Javier Rigau, 34 anos mais novo que ela. Mas o casamento não ocorreu devido à ‘pressão’ da imprensa. EFE

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