Mursi perdoa todos os presos políticos das revoltas no Egito
Perdão não abrange, no entanto, aqueles que foram condenados por homicídio
O presidente do Egito, Mohamed Mursi, perdoou nesta segunda-feira todos os prisioneiros políticos detidos desde o início dos protestos que depuseram Hosni Mubarak no ano passado. O perdão abrange aqueles que enfrentam processo e outros que cumprem penas de prisão, com exceção daqueles condenados por homicídio. O anúncio foi feito pelo porta-voz presidencial, que não deu um número específico de prisioneiros perdoados.
Segundo os ativistas, milhares de civis acabaram em tribunais militares durante o vácuo de segurança que se seguiu à queda de Mubarak em 2011. O grupo “Sem Julgamentos Militares” afirmou que pelo menos 5.000 prisioneiros políticos ainda estavam na cadeia. Muitos deles foram detidos em protestos que surgiram durante os 18 meses que um governo militar interino liderou o Egito sob o comando do marechal Hussein Tantawi. Alguns foram, inclusive, julgados desde que Mussi tomou posse, em junho.
No sábado, o presidente, que é membro da Irmandade Muçulmana, disse que tinha ficado aquém das metas que prometeu cumprir em seus primeiros 100 dias no cargo.
(Com agência Reuters)