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Mursi inicia mandato presidencial no Egito em busca de governo de abertura

Por Por Hassan el Fekih e Christophe de Roquefeuil
1 jul 2012, 14h49

O novo presidente egípcio, o islamita Mohamed Mursi, iniciou neste domingo seu mandato com poderes limitados pelas amplas prerrogativas do Exército, e sua primeira tarefa será formar um “governo de coalizão” com o qual quer mostrar sua abertura política.

Mursi, primeiro presidente islamita e civil do país, prestou juramento na sexta-feira, antes de receber o poder Executivo das mãos do Conselho Superior das Forças Armadas (CSFA), com o qual o presidente Hosni Mubarak deixou as rédeas do país depois de sua renúncia em fevereiro de 2011.

À espera de um novo governo, Mursi dirigiu neste domingo uma reunião do atual gabinete do primeiro-ministro Kamal al-Ganzuri, nomeado no ano passado pelos militares para administrar os assuntos correntes.

A reunião foi centrada em questões econômicas e de segurança, segundo a imprensa oficial.

O governo atual assinou um acordo com o Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), com sede na Arábia Saudita, de um valor de 1 bilhão de dólares, para importar combustível e alimentos básicos em um período de crise econômica.

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O Exército prometeu “ficar ao lado do presidente”, mas Mursi será, de qualquer forma, muito vigiado pela junta militar, que mantém um direito de veto sobre qualquer lei, medida orçamentária ou artigo da futura Constituição.

Na semana passada, os assessores de Mursi indicaram que ele deseja formar “um governo de coalizão” liderado por uma “personalidade independente”.

Recentemente circularam os nomes do ex-chefe da agência de energia atômica da ONU, Mohamed ElBaradei, e o do ex-ministro das Finanças Hazem el Beblaui, sem que houvesse uma confirmação oficial.

Saad Hoseini, um dos líderes do Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ), oriundo da Irmandade Muçulmana, declarou ao jornal oficial Al-Akhbar que “é impossível que o cargo de primeiro-ministro vá para as mãos de um membro da Irmandade ou do PLJ”, confirmando, com isso, a vontade de abertura política do presidente.

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No âmbito internacional, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou uma carta ao novo presidente do Egito para pedir que respeite o tratado de paz assinado em 1979 pelos dois países, segundo indicou neste domingo um alto funcionário israelense à AFP.

Nesse documento, Netanyahu destaca “o desejo de Israel de manter a cooperação e fortalecer a paz”, acrescentou essa autoridade.

O presidente israelense, Shimon Peres, enviou uma mensagem de felicitação ao seu homólogo egípcio, na qual ressalta que, “ao contrário da guerra, a paz é uma vitória para as duas partes”.

Desde o anúncio de sua vitória, Mursi se comprometeu a respeitar todos os textos internacionais firmados pelo Egito, entre eles o que assinou para estabelecer a paz com Israel.

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