Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Muro menor é a opção de Trump para evitar nova paralisia do governo

Negociações comerciais entre EUA e China podem ser prorrogadas pela Casa Branca, para garantir sua conclusão

Por Da Redação
12 fev 2019, 20h56

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem em suas mãos as alternativas para evitar a retomada da paralisação do governo federal, no dia 15, e para postergar o prazo de conclusão do acordo comercial com a China. Ambas as medidas são cruciais para tranquilizar os mercados e reduzir os efeitos da guerra comercial que a Casa Branca iniciou contra Pequim no ano passado.

Com os elementos necessários para tomar as duas decisões, porém, Trump preferiu esquivar-se de anúncios nesta terça-feira, 12, e criar suspense.

Para o primeiro tópico, legisladores democratas e republicanos alcançaram na noite de quinta-feira um acordo de princípios sobre a exigência de Trump de recursos orçamentários para a construção de um muro de 1.600 quilômetros na fronteira com o México, a um custo de 5,7 bilhões de dólares. A recusa dos democratas já levou os Estados Unidos a enfrentar mais de 30 dias de paralisia do governo federal.

O acordo prevê uma construção mais modesta, de 88 quilômetros, com a liberação de 1,37 bilhão. “Se eu estou feliz à primeira vista? Eu acabo de ver isso. A resposta é não. Não estou. Eu não estou feliz”, disse, antes de uma reunião de gabinete na Casa Branca.

Trump não vetou, de antemão, a ideia. Mas insistiu ter outros meios melhorar a verba proposta pelo Congresso. Ele já ameaçou com a declaração de estado de emergência no país como meio de obter, por decreto, os recursos.

Continua após a publicidade

“O muro finalmente será construído, de qualquer forma”, disse, referindo-se à sua promessa de campanha que será cobrada por seus eleitores em 2020, quando se lançar para a reeleição.

O acordo, porém, tem de ser votado pelo Congresso e ratificado por Trump. O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, disse que o acordo é “certamente uma boa notícia”. “Ele fornece novos fundos para quilômetros de novas barreiras de fronteira”, afirmou.

Chuck Schumer, o principal senador democrata, concordou.”Embora os detalhes ainda não tenham sido definidos, o acordo provisório representa um caminho para o nosso país, longe de outra rodada de negociações complicadas (… e) de uma temida paralisação do governo”, disse Schumer.

China

Na seara comercial, Trump, afirmou nesta terça-feira que poderia prorrogar um pouco o prazo de 1º de março para a conclusão de um acordo com a China. Mas prefere não fazer isso para, antes, reunir-se com o presidente chinês, Xi Jinping, para selar o pacto em algum momento.

Continua após a publicidade

Autoridades dos Estados Unidos chegaram à capital chinesa nesta terça-feira para mais uma rodada de  negociações com o objetivo de evitar outro aumento das tarifas de importação de lado a lado. Trump admitiu que consideraria a prorrogação do prazo se os negociadores chegarem perto da conclusão do acordo.

“Estamos indo muito bem lá na China”, disse Trump.

Os Estados Unidos e a China deram uma trégua de 90 dias na sua guerra comercial para tentar chegar a um acordo.  Se os dois lados não chegarem a um acordo até 1º de março, as tarifas de importação subirão de 10% para 25% sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses desembarcados nos Estados Unidos. A China tenderá a regir com a elevação de tarifas sobre 60 bilhões de dólares em bens norte-americanos importados.

(Com AFP e Reuters)

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.